A ministra do esporte da França, Amélie Oudéa-Castéra, anunciou nesta terça-feira (26) que as atletas e integrantes das comissões técnicas francesas, de origem muçulmana, estão proibidas de usarem o véu islâmico durante as Olimpíadas de 2024.

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A ministra reconheceu que a medida é contraditória à doutrina do COI, que interpreta a vestimenta como aspecto cultural e não religioso.

A lei francesa não proíbe explicitamente o uso do véu nas competições, mas o faz para os representantes públicos, na prática de suas funções.

A fala foi classificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “prática discriminatória”.

A Organização reiterou a oposição ao princípio de impor às mulheres o que devem ou não vestir com a reação à proibição das atletas francesas de usarem Hijab nas Olimpíadas.

Marta Hurtado, porta-voz do Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACNUDH), reiterou que não se deve dizer o que uma mulher pode usar ou não.

Marta ainda lembrou que a convenção sobre a eliminação da discriminação contra mulheres exige que todas as partes, a França nesse caso, deve tomar toda e qualquer medida que seja necessária para modificar qualquer modelo social ou cultural baseado na ideia de inferioridade, ou superioridade de um, ou outro sexo.

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