O 18° Regimento de Cavalaria Mecanizado (18° R C Mec), planejada pelo Exército Brasileiro desde 2009, foi implantado este mês em Roraima.
O processo de implantação da nova unidade, inicialmente prevista para 2025, foi antecipado como resposta natural à atual conjuntura geopolítica da fronteira norte.
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O local será constituído por cerca de 600 militares, distribuídos em três esquadrões de Cavalaria e um esquadrão de comando e apoio.
Viaturas blindadas deverão ser deslocadas do Sul e do Centro-Oeste do país para Roraima.
De acordo com o 3° Subchefe do Estado-Maior do Exército, General de Divisão Jayro, a transformação do 18° R C Mec vem sendo realizada em várias fases.
“É algo que envolve movimento de tropa, transferência de pessoal, distribuição de meios de emprego militar, construção de instalações. Tudo isso faz parte de um processo que já vem ocorrendo há alguns anos e que ainda vai demandar mais alguns anos”.
As obras das novas instalações do Regimento estão em fase de planejamento e execução, com previsão de conclusão até o ano de 2025. Já a alocação de militares foi iniciada e está em execução.
Meios como as 16 Viaturas Blindadas estão sendo deslocados para a recém-criada unidade ao longo do mês de dezembro.
Características da Cavalaria Mecanizada
A Cavalaria Mecanizada é caracterizada por fornecer potência de fogo, proteção blindada, flexibilidade, rapidez, ação de choque e comunicações amplas e flexíveis.
Esses atributos estão materializados nas três viaturas blindadas que compõem a espinha dorsal da Cavalaria: o Cascavel, o Guarani e o Guaicuru.
As viaturas Cascavel possuem maior potência de fogo e são armas anticarro por excelência. Os Guaranis, por sua vez, podem ser dotados de metralhadoras .50 e canhões e fornecem proteção blindada para tropas a pé.
Já as viaturas Guaicurus podem ser dotadas de metralhadoras e mísseis, fornecendo poder de fogo em missões de reconhecimento.
Tensão na fronteira do Brasil com Venezuela
A fronteira do Brasil com a Venezuela vive uma tensão desde que o presidente venezuelano decidiu implantar a região de Essequibo, ao território venezuelano.
Essequibo está sob o controle da Guiana desde o fim do século 19 e representa 70% do atual território do país. Lá moram 125 mil pessoas.
Desde 1841 o território é disputado por Venezuela e Guiana.
Em 2015 a disputa ficou mais acirrada, pois foi descoberto petróleo na região.
Estima-se que na região existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é “offshore”, ou seja, no mar, perto de Essequibo.
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