O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira (4), em entrevista coletiva, que os dois fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN) planejavam ir para o exterior.
A fala de Lewandowski aconteceu poucas horas depois de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento serem recapturados, em Marabá (PA), a cerca de 1,6 quilômetros do presídio de onde evadiram.
Os dois criminosos estavam a 50 dias foragidos da Justiça, após a façanha de realizar a primeira fuga, na história, de um presídio de segurança máxima no país. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública montou uma força-tarefa de cerca de 500 agentes para a busca e recaptura dos fugitivos.
O ministro deixou claro que ainda não dispunha de todos os detalhes da operação que prendeu os criminosos, mas informou que eles estavam em um comboio de três carros e foram presos quando faziam a travessia de uma ponte, que foi cercada pela Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. “Obviamente, foram ajudados por criminosos externos e tiveram auxílio de seus comparsas e organizações criminosas”, afirmou.
Junto com Mendonça e Nascimento, foram presos outros quatro comparsas que, apesar de estarem armados, inclusive com um fuzil, não resistiram à prisão. De acordo com Lewandowski, desde o início das operações de recaptura, 14 pessoas foram presas por terem ajudado os fugitivos.
Os criminosos recapturados deverão ser levados de volta ao presídio de Mossoró, para continuar cumprindo pena. O ministro da Justiça afirmou ainda que todo o sistema prisional federal está passando por reformulações (equipamentos, infraestrutura) e procedimentais.
De acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), juntos, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento têm mais de 80 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Acre – estado de onde saíram transferidos para o Rio Grande do Norte – e somam 155 anos em condenações.