A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) exonerou 43 funcionários de postos de chefia do órgão.

As dispensas foram publicadas na edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira (23). 

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Todos os 43 exonerados eram militares de carreira, nomeados por Marcelo Xavier, delegado escolhido pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para gerir o órgão de proteção e promoção dos direitos indígenas. 

Durante a gestão de Xavier, a Funai contou com medidas para retardar processos de demarcação de terras, portarias para facilitar o acesso aos territórios e ameaçar povos isolados.

Segundo nota da nova direção da Fundação, as medidas “levaram insegurança e instabilidade aos povos e seus territórios”. 

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Novos convocados Funai

Ao todo, foram 22 coordenadores regionais, 15 coordenadores de diferentes diretorias da Funai, o diretor do Museu do Índio, o corregedor da Fundação, três assessores e o chefe de gabinete da instituição. 

Em nota, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que é preciso aldear a política e ocupar órgãos como a Funai com nomeações alinhadas com os objetivos das organizações indígenas.

“Por isso, afirmo com convicção que estes funcionários foram tardiamente exonerados, uma vez que todos eles tinham uma orientação totalmente contrária à missão da Funai, que é garantir e proteger nossos direitos”, destacou a ministra.

A única nomeação anunciada na portaria foi a de Lucia Alberta Andrade de Oliveira, para exercer o cargo de diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável do órgão.

À frente da Funai no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela primeira vez, está uma mulher indígena.

Joenia Wapichana vai assumir o cargo depois de ter sido a primeira deputada indígena eleita, em 2018.