O presidente americano Joe Biden anunciou nesta sexta-feira (10) a intenção de colaborar com o Fundo Amazônia.

O anúncio foi feito em comunicado conjunto após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O Fundo foi criado há 15 anos para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento, sendo considerado uma iniciativa pioneira na área.

Ele reúne doações internacionais e já recebeu recursos da Noruega e Alemanha.

“Como parte desses esforços, os Estados Unidos anunciaram sua intenção de trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia, e para alavancar investimentos nessa região muito importante”, apontou o comunicado.

No texto, não foi mencionado quanto os EUA devem investir na iniciativa.

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Mais cedo, o presidente Lula, questionado pela imprensa, afirmou que “acha” que os Estados Unidos vão entrar no Fundo.

“Não só acho que vão, como é necessário que participem, porque veja: o Brasil não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, mas também o Brasil não quer abrir mão de que a Amazônia é um território do qual o Brasil é soberano”, completou o presidente brasileiro.

Lula e Joe Biden se encontraram na Casa Branca, residência oficial do governo norte-americano, na tarde desta sexta.

Conselho de Segurança da ONU

Além da intenção de entrar no Fundo Amazônia, EUA e Brasil também disseram que querem trabalhar juntos para expandir o Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo assentos permanentes para países da África, América Latina e Caribe.

O objetivo, segundo o comunicado, é tornar o Conselho de Segurança mais “representativo” e “aperfeiçoar sua capacidade de responder mais efetivamente às questões prementes relacionadas à paz e à segurança globais”.

Fundo Amazônia

Criado em 2008, o fundo atua com pagamentos baseados em resultados de conservação da floresta amazônica.

As doações acontecem quando há queda nas taxas de desmatamento, com base nos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os pagamentos são voluntários e podem ser feitos por outros governos e também por empresas.

A gestão do fundo é feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) junto a dois comitês: um técnico, que certifica dados e cálculos de emissões, e outro orientador, com membros da sociedade civil, que define critérios para aplicação de recursos.