O Anuário de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18), aponta que o número de furtos de aparelhos celulares superou o de roubos.

A diferença entre os termos se dá pelo uso da violência ou ameaça contra a vitima.

Segundo a pesquisa, em 2023, as delegacias do país registraram 937.294 ocorrências de roubo e furto de celulares, o que equivale a quase dois celulares por minuto.

Além disso, os roubos de celulares caíram 10,1% entre 2022 e 2023, passando de 492.905 para 442.999.

A pesquisa aponta que, globalmente, o volume de ocorrências de roubo e furto de celulares em 2023 caiu 4,7% em relação a 2022.

Por outro lado, o Anuário aponta que, pela primeira vez em 2023, os furtos de aparelhos celulares superaram os roubos: 494.295 furtos registrados no ano.

De 2018 a 2023, os roubos de celulares caíram 21%, enquanto os furtos aumentaram 13,7%.

Esse aumento nos furtos, combinado com a redução dos roubos, reflete uma mudança significativa nas estatísticas de crimes envolvendo celulares.

No entanto, o número ainda permanece próximo de um milhão de registros, o que destaca a importância dos celulares na construção do medo e da insegurança da população.

Além disso, a pesquisa aponta que essa tendência se consolidou em vários países e está relacionada à popularização dos smartphones.

O Anuário cita também uma pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mostra que o Brasil possuía, em maio de 2024, 258 milhões de smartphones, ou seja, 1,2 aparelhos por habitante.

Este estudo, que analisa o número de smartphones em uso no Brasil desde 2007, indica que, desde 2018, existe um smartphone por habitante.

Os dados ajudam a explicar o crescimento acentuado desses crimes nos últimos anos.

“Com a popularização destes equipamentos e seu elevado valor agregado se tornou altamente rentável para o mundo do crime”, diz o Anuário.

Marcas mais visadas

O Anuário revelou que, em 2023, a Samsung foi a marca mais visada por criminosos no Brasil, representando 37,4% dos roubos e furtos de celulares.

A Motorola apareceu em 23,1% dos casos, a Apple em 25% e a Xiaomi em 10%.

Os dados mostram que, apesar de a Motorola ter uma maior participação no mercado nacional, sua presença entre os celulares roubados é menor, indicando que seus aparelhos são menos valorizados no mercado criminal.

Por outro lado, os iPhones da Apple, que representam apenas 10% do mercado nacional, são responsáveis por 25% dos roubos e furtos, sugerindo que usuários de iPhones enfrentam um risco maior de serem vítimas de crimes em comparação com usuários de outras marcas.

O Portal Norte é sua fonte de notícias para Amazonas, Brasília, Acre, Roraima, Tocantins e Rondônia. Informações atualizadas diariamente.