Um homem de 70 anos, que ganhou R$ 10 milhões na Mega-Sena, alegou à Polícia Civil de Viamão, no Rio Grande do Sul, ter perdido todo o dinheiro após ser vítima de um golpe por parte de seu ex-sócio em uma empresa.
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A situação aconteceu em 2018, mas o idoso só registrou o B.O. no final de 2021, quando descobriu que não era mais sócio da empresa.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Marcela Brito, o principal suspeito era amigo da vítima, então havia uma relação de muita confiança.
“A vítima comprou uma empresa e colocou no nome dos dois, que se tornaram sócios. Ele era uma pessoa humilde, sem conhecimento de administração de empresas, enquanto o suspeito, de 37 anos, tomou a frente do negócio”.
“O contrato era um ‘contrato de gaveta’, não foi levado a registro na junta comercial e, posteriormente, o suspeito alterou o contrato e colocou a empresa no nome dele e de sua esposa da época, e então levou para registro”, diz Brito.
Atualmente, o suspeito é o único sócio da empresa, após ter falsificado a assinatura da ex-esposa e transferindo as cotas dela para o nome dele.
Além do ex-sócio e sua ex-esposa, a polícia suspeita que também estão envolvidos o contador e a atual mulher do dono da empresa.
Os quatro são investigados por associação criminosa, apropriação indébita de bem de idoso, falsificação de documento público e estelionato contra a administração pública por conta de um contrato de prestação de serviços da empresa com a prefeitura de Viamão.
A vítima alegou à polícia, ainda, que o suspeito tinha retinha seus documentos e tinha as senhas de seus cartões e contas bancárias, tendo se apropriado de todo o valor que possuía para além do que foi investido na empresa.
O idoso afirma, também aos policiais, que precisava pedir dinheiro para o ex-sócio, e que o suspeito dizia que pagaria um salário da empresa comprada pela vítima, mas que os pagamentos não foram cumpridos.
Segundo a polícia, o suspeito comprou mais duas empresas, que estão no nome de sua atual esposa. A investigação solicitou quebra de sigilo bancário e procura descobrir se essas empresas foram adquiridas com o dinheiro do idoso.
A operação foi deflagrada no dia 7 de abril deste ano, quando a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa e na residência dos investigados. O ex-sócio foi preso devido ao porte ilegal de arma de fogo.
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