Estudo publicado na revista Nature Geoscience mostra que o gás metano decorrente do derretimento no Ártico pode aumentar a temperatura do planeta.
Segundo a pesquisa, as geleiras derretem e fontes de águas subterrâneas borbulantes ficam à mostra.
+ Envie esta notícia no seu Whatsapp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Esse locais podem ser um fonte de metano pouco conhecida e com grande quantidade do gás.
Isso pode reperesentar um impacto significativo na aceleração do aquecimento global, aponta os dados.
Uma das pesquisadoras do artigo, Gabrielle Kleber da Universidade de Cambridge, diz que essas informações eram dados ausentes até o momento.
“Essas nascentes são uma fonte considerável e potencialmente crescente de emissões de metano, uma fonte que estava faltando em nossas estimativas do orçamento global de metano até agora”, avalia.
Gás metano pode gerar mil toneladas
A pesquisadora passou três anos avaliando os padrões químicos da água de mais de 100 nascentes em Svalbard, na Noruega.
Nesse local, as temperaturas do ar parecem aumentar duas vezes mais rápido do que a média no Ártico.
Ao analisar e proceder com o estudo, os pesquisadores viram que as emissões de metano das nascentes dessas águas podem execeder 2 mil toneladas anualmente.
Essa fonte de metano se tornará maior, provavlemente, à medida que mais nascentes forem surgindo em consequência do derretimento.
“Se o aquecimento global continuar sem controle, a liberação de metano das nascentes de águas subterrâneas glaciais provavelmente se tornará mais extensa”, afirma Kleber.
RELACIONADAS
+ UE aceita proposta para monitorar e reduzir emissões de metano
+ Derretimento de geleiras libera toneladas de bactérias ao ambiente