O general Marcos Antônio Amaro dos Santos foi confirmado como o novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta quinta-feira (4), após o governo publicar no Diário Oficial da União a nomeação dele para o cargo.

O Geral foi empossado em uma cerimônia reservada no Palácio do Planalto.

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Além de confirmar a nomeação de Amaro dos Santos para o GSI, o governo oficializou a saída de Cappelli do órgão.

Ele voltará a ocupar o posto de secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O general assume o cargo após a saída do ex-ministro Gonçalves Dias que pediu demissão do cargo depois de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto terem mostrado que ele estava no prédio durante a invasão de golpistas dos atos de vandalismo contra as sedes dos três poderes no dia 8 de Janeiro.

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Após a saída de Gonçalves Dias, Ricardo Cappelli comandou o GSI de forma interina e desligou 87 pessoas na semana passada.

As exonerações ocorreram após um pedido do presidente Lula (PT), que quer retirar do órgão qualquer funcionário que possa ter trabalhado na pasta durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

General Amaro dos Santos

Marcos Antônio Amaro dos Santos nasceu em 25 de setembro de 1957 na cidade de Motuca, no interior de São Paulo.

É filho de Joaquim Amaro dos Santos e de Iolanda Zanon.

Seu ingresso no Exército Brasileiro aconteceu em 4 de março de 1974, na Escola Preparatória de Cadetes, onde concluiu o curso em 1976.

No ano seguinte, entrou para a Academia Militar das Agulhas Negras. Se formou em 1980, sendo declarado aspirante a oficial de Artilharia.

Em sua vida militar serviu nas unidades militares de Artilharia em Jundiaí (SP), no Rio de Janeiro e em Olinda (PE).

Retornou às Agulhas Negras como instrutor e executou a mesma função na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

Como coronel comandou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército entre 2004 e 2005. De 2007 a 2010 foi chefe da Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército.

Em 2015, com a reforma ministerial executada pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o GSI perdeu o status de ministério e foi integrado à Secretaria de Governo.

Na ocasião, ficou mantida exclusivamente a Casa Militar, que foi ligada à Presidência da República, com Amaro à frente. Anteriormente, foi secretário de Segurança Presidencial.

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), em abril de 2020, assumiu a chefia de Estado-Maior do Exército.

Em julho do mesmo ano passou a acumular a função de comandante militar do Sudeste. O general Amaro foi para a reserva da força em janeiro deste ano.