O cantor, compositor e ex-Ministro da Cultura, Gilberto Gil , de 79 anos, tomou posse nesta sexta-feira, 8, como membro “imortal” na Academia Brasileira de Letras (ABL).

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A posse ocorreu no Petit Trianon, no Centro do Rio de Janeiro. 

Gil vai ocupar a Cadeira 20 da Academia, sucedendo o acadêmico Murilo Melo Filho. 

Em seu discurso, Gil lembrou que é o primeiro representante da música popular brasileira a tomar posse na academia.

A eleição de Gil para a ABL foi em novembro do ano passado, quando recebeu 21 votos.

 

Foto: Reprodução/Twitter – Gilberto Gil e Nelida Piñon durante cerimônia na ABL 

 

Imortais negros

O artista é o segundo negro a ocupar uma cadeira na ABL. 

O outro imortal é o escritor e professor Domício Proença Filho, que foi presidente da academia em 2016 e 2017.

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Veja na íntegra o discurso do novo “imortal”: 

“Entre tantas honrarias que a vida generosamente me proporcionou essa tem para mim uma dimensão especial, não só porque aqui é a casa de Machado de Assis, um escritor universal, afrodescendente como eu, mas também porque a ABL, fundada em 20 de julho de 1897, representa mesmo para quem a critica a instância maior que legitima e consagra de forma perene a atividade de um escritor ou criador cultura em nosso país.

A Academia Brasileira de Letras é a Casa da Palavra e da Memória Cultural do Brasil. E tem uma responsabilidade grande no sentido de fortalecer uma imagem intelectual do país que se imponha à maré do obscurantismo, da ignorância, e demagogia de feição antidemocrática.

Poucas vezes na nossa história republicana o escritor, o artista, o produtor de cultura, foram tão hostilizados e depreciados como agora. Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes sociais da Internet, e a questão merece a atenção dos nossos educadores e homens públicos.

A ABL tem muito a contribuir nesse debate civilizatório. E eu gostaria, aqui, efetivamente, de colaborar para o debate, em prol da cultura e da justiça”, concluiu Gil.

Patronos 

A cadeira 20 da ABL tem como patrono Joaquim Manuel de Macedo, e o fundador foi Salvador de Mendonça. 

Também a ocuparam Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão, Aurélio de Lyra Tavares e Murilo Melo Filho, que faleceu em 2020.

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