O novo chefe do Exército boliviano, José Wilson Sánchez, determinou que as tropas mobilizadas durante a invasão ao palácio presidencial de La Paz nesta quarta-feira (26) retornem imediatamente aos seus quartéis.
Em um pronunciamento oficial, ele expressou: “Não queremos ver cenas como essas nas ruas”, enfatizando que esse tipo de ação compromete a integridade do uniforme militar dos envolvidos.
Imagens divulgadas por emissoras bolivianas mostram tanques e militares deixando a praça Murillo, na capital do país, enquanto cidadãos protestam encabeçados por militares.
Logo após o cerco, o presidente Luis Arce demitiu os três chefes das forças armadas, que demonstraram apoio à tentativa de golpe desta quarta-feira (26).
O general Juan José Zuniga, principal envolvido na invasão ao palácio, foi demitido um pouco antes, no início da semana, após afirmar que “Evo Morales não pode mais ser presidente” do país.
Por qual motivo iniciou essa tentativa de golpe?
Nesta quarta-feira (26), o general Juan Zúñiga anunciou um golpe de Estado na Bolívia. A decisão aconteceu após militares cercarem o Palácio Quemado, sede do governo boliviano.
O comandante do exército se deslocou para o local e veículo blindado.
Quando chegou à sede do governo, o militar exigiu “mudança de gabinete” e tentou entrar no local.
Pouco antes da movimentação, o presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou “movimentação irregular” do Exército e pediu que a democracia no país seja respeitada.
Veja vídeo:
Conflitos políticos na Bolívia
Zúñiga foi removido do cargo depois de uma série de ameaças contra Evo Morales, antigo aliado e padrinho político de Arce.
Embora o atual presidente tenha sido ministro da Economia de Evo e o candidato de seu partido nas eleições de 2020, os dois se afastaram nos últimos anos.
Zúñiga vinha dizendo que Evo “não pode mais ser presidente desse país”, se referindo a uma suposta ingerência do ex-presidente no governo.
Os atos marcam um momento tenso e crucial na política boliviana, com implicações para a estabilidade do país.
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