O Governo Federal acionou a Polícia Federal (PF) e a Advocacia Geral da União (AGU) para investigar e responsabilizar pessoas que propagam fake news sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul.
Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, um ofício foi enviado ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira (7).
“Eu estou indignado mesmo. Acho que é uma sacanagem. Tem gente trabalhando 24 horas por dia, quatro dias sem dormir. As pessoas colocando a vida em risco para salvar as pessoas. Enquanto isso, há uma indústria de fake news alimentada por parlamentares, por influencers, por pessoas que se dedicam a atrapalhar o esforço que está sendo feito para salvar vidas”, afirmou Pimenta.
No X, ele esclareceu:
Segundo Pimenta, o comandante militar do Sul, General Hertz Pires do Nascimento, relatou o impacto da propagação de notícias falsas nas operações de salvamento, durante reunião da Sala de Situação.
Há desinformação sobre retenção de donativos, transporte de oxigênio, situações que envolvem hospitais.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, pediu que os órgãos adotem as medidas necessárias para impedir que a disseminação de informação falsa comprometa o trabalho.
“Estamos falando de vidas humanas, de uma sociedade exposta a uma calamidade dramática. Não permitiremos que um absurdo como esse comprometa toda a organização e a comunicação”, disse.
Brasil Contra Fake
O Brasil contra Fake esclareceu, em nota, que é “inconsequente e incoerente” a narrativa de que os helicópteros militares não estariam prestando socorro e que o Governo Federal não estaria permitindo aeronaves particulares atuarem nos resgates.
Segundo o Governo, a operação de socorro aos gaúchos está contando com 42 aeronaves de diversos órgãos do poder público, tanto militares quanto civis, além do apoio das frotas de empresas privadas e de particulares.
Conteúdos maliciosos também criam narrativas falsas de que o Governo Federal estaria atrapalhando o envio de donativos para a região. O Governo Federal informou, em nota, que a estrutura está à disposição da população que quer ajudar o Rio Grande do Sul.
A informação foi detalhada pelo ministro da Secretaria Geral da União, Márcio Macedo. Ele explicou que será feita uma centralização de donativos através do site Brasil Participativo.
“Vamos atuar em parceria com a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que faz o contato direto com os municípios. Assim, poderemos atualizar todo o país sobre o que doar, o que eles mais precisam naquele momento”, afirmou Macedo.
O ministro também explicou que entidades parceiras estarão indicadas no site oficial.