O Governo de São Paulo sancionou o projeto de lei que o nome “Deputado Erasmo Dias” seja dado a viaduto da rodovial Manílio Gobbi, em Paraguaçu Paulista.

A PL é de autoria do deputado estadual Frederico D’Ávila (PL).

A sanção da PL foi assinada pelo vice-governador Felício Ramuth (PSD), na ausência do atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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Nesta quinta-feira (29), o projeto de lei foi repudiado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) por meio das redes sociais.

Erasmo é lembrado como um dos que participou da missão do cerco aos estudantes da PUC em 1977.

Erasmo Dias foi um dos expoentes do período da ditadura militar no Brasil.

Na época, ele era secretário de Segurança Pública do Estado.

O antigo coronel prendeu 900 alunos e os encaminhou para as Delegacias de Ordem Política e Social (DOPS).

Protesto em São Paulo

Em nota de repúdio da universidade e dos alunos, é dito que “A PUC-SP foi vítima direta da violência de Estado na ditadura”.

“A cada ano lembramos a data para repudiar o arbítrio e o obscurantismo, um gesto cidadão e de formação de nossos estudantes para que a memória nos ajude a evitar que acontecimentos como aquele se repitam: ditadura nunca mais!”, enfatizou.

A Associação dos Professores da PUC-SP também publicou nas redes sociais uma nota, junto a fotos que relembram a época de ditadura.

“É inconcebível homenagear-se um eminente fascista que durante a ditadura militar, como secrtário de segurança de São Paulo, notabilizou-se pela repressão e tortura física a todos aqueles que erguiam as suas vozes contra o arbítrio”, declarou.

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