Ao final do evento sobre os ataques de 8 de janeiro, realizado nesta segunda-feira (8), aliados de Arthur Lira (PP-AL) criticaram reservadamente a fala do presidente Lula (PT), por considerar que ele politizou um ato que deveria ser suprapartidário.
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Sob o argumento de que o ato acabaria incentivando a polarização no país e se transformaria em manifesto político contra bolsonaristas, o chamado “grupo de Arthur Lira” era contra a cerimônia para relembrar os atos golpistas.
Em seu discurso, Lula não citou o nome do ex-presidente, mas foi explícito, por exemplo, ao sugerir que os filhos de Bolsonaro renunciassem aos seus mandatos políticos, uma vez que criticam as urnas eletrônicas.
“As pessoas que duvidam das eleições e da legalidade da urna brasileira, porque perderam as eleições, por que que não pede para o seu partido renunciar todos os deputados e senadores que foram eleitos? Os três filhos dele que foram eleitos? Por que não renunciam em protesto à urna fraudulenta?”, disse o presidente.
Aliados de Lula avaliam que seu pronunciamento foi “perfeito”, até o momento em que faz referências a Bolsonaro. “Afinal”, destacou um líder que pediu anonimato, “há momentos em que o governo precisa de voto dos bolsonaristas no Congresso e esta atitude não facilita”.
Arthur Lira teria informado a Lula, por telefone, que estaria ausente no evento desta segunda-feira para poder ficar ao lado do pai, que está com a saúde fragilizada.
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