Há 1 ano, o mundo assistia soldados e tanques russos avançarem e invadirem a Ucrânia, iniciando uma guerra que se tornou o maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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Agora, o conflito pode estar em uma nova fase, com intervenções do governo brasileiro.

Nesta quinta-feira (23), a Assembleia-Geral da Organizações para Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que pede a retirada da Rússia do território ucraniano.

No texto, aceito por 141 votos favoráveis, 7 contrários e 33 abstenções, o Brasil sugere “cessação de hostilidades” entre os dois países envolvidos no conflito.

“Reiteram suas demandas para que a Rússia imediatamente, completamente e incondicionalmente retire todas as suas forças militares do território ucraniano dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente e apela a uma cessação de hostilidades”, diz trecho do documento no qual a CNN teve acesso.

Outro ponto favorável ao governo brasileiro foi uma possível sinalização positiva recebida, também nesta quinta-feira (23), do Kremlin, em Moscou, para o Brasil permanecer comandando esforços de conciliação visando o fim do impasse entre as nações da Ucrânia e da Rússia.

Devastação da guerra na Ucrânia

No aniversário de um ano da invasão, até o momento, a guerra deixou 8 mil civis mortos e mais de 13 mil feridos.

Em relação às tropas, ao menos 100 mil combatentes ucranianos perderam suas vidas, e do lado russo estima-se 200 mil soldados.

Além das vidas perdidas, mais de 8 milhões de ucranianos, aproximadamente 20% da população do país, deixaram suas casas e fugiram para outros territórios europeus e americanos.

Muitos russos também deixaram seu lar rumo a outras nações.

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Perdas econômicas da guerra

Pelo lado ucraniano, o PIB (Produto Interno Bruto) reduziu em 30% no ano passado. A previsão é de que, até o fim deste ano, o país deve gastar mais de US$ 2 trilhões com o conflito.

Pelo lado russo, o maior êxodo corporativo da história atingiu o país ao ter mais de mil multinacionais, como Nike e Microsoft, limitando as operações ou deixando o território completamente.

No mundo todo, as questões energéticas foram as primeiras a serem sentidas, ocasionando alta do petróleo no Brasil e outros lugares. Nas semanas seguintes, vieram consequências na agricultura e nas relações comerciais globais.

Previsões da guerra

A guerra territorial entre Rússia e Ucrânia, em que um país quer anexar regiões do outro, abre brecha para possíveis conflitos em outras localidades globais.

O Taiwan, por exemplo, é um país cobiçado pela China. Em agosto de 2022, a presidente da Câmara dos Estados Unidos da época, Nancy Pelosi, visitou o país taiwanês e a ocasião movimentou ainda mais a tensão entre os EUA e o território chinês.

Após um ano da guerra, mesmo com iniciativas do Brasil e de outros países, Rússia e Ucrânia seguem sem perspectivas de paz, com perdas humanas, militares e econômicas que podem atingir valores ainda maiores.

Das previsões, a maior é a reconstrução de um país devastado e de uma população marcada pelo trauma de um conflito armamentista. Autoridades ucranianas estimam que a reconstrução do território pode custar até US$ 700 bilhões de dólares.

Veja o documentário do STB News