A guerra na Ucrânia completa três meses nesta terça-feira, 24, com os combates concentrados no leste do país, onde as tropas da Rússia pretendem acabar com os últimos focos de de resistência na região de Lugansk, na bacia de mineração do Donbass.
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Depois de afastar as forças invasoras das duas grandes cidades do país, a capital Kiev e Kharkiv, os ucranianos admitem “dificuldades” para conter o avanço russo no Donbass, que inclui as regiões de Lugansk e Donetsk.
“As próximas semanas de guerra serão difíceis. Os ocupantes russos se esforçam para demonstrar que não abandonarão as zonas ocupadas da região de Kharkiv (nordeste), que não entregarão a região de Kherson (sul), os territórios ocupados da região de Zaporizhzhia (sudeste) e o Donbass (leste)”, comentou nesta segunda-feira, 23, à noite o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Consequências
As consequências do conflito são cada vez maiores: os preços da energia dispararam e o mapa de segurança da Europa deve mudar, com os pedidos de adesão à Otan de Suécia e Finlândia.
A Ucrânia tem oito milhões de deslocados internos desde o início da guerra. Outros 6,5 milhões fugiram para o exterior.
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Civis e militares
Em três meses, milhares de pessoas, civis e militares, morreram, mas não há um balanço preciso. Somente em Mariupol, as autoridades calculam 20.000 vítimas fatais.
No nível militar, o governo ucraniano afirma que mais de 29.200 russos morreram, mas fontes militares ocidentais citam quase de 12.000 soldados.
O Kremlin admitiu “perdas significativas”, enquanto Kiev não divulgou nenhuma indicação de suas perdas militares.
A guerra também teve um impacto brutal na demografia do país, que tinha quase 37 milhões de habitantes antes da invasão.
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