O guindaste que carregava a alegoria que caiu com 23 cirandeiros em Manacapuru, no Amazonas, estava com a documentação em conformidade, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). 

Em coletiva de imprensa, o comandante geral da corporação, Orleiso Muniz, contou que os bombeiros fizeram as vistorias na arquibancada e na arena, onde verificaram a questão da quantidade de público permitido, porém, a verificação em equipamentos, como o guindaste, foi feita por técnicos habilitados para isso. 

“Todos os documentos que precisam ser checados para operação de um guindaste foram entregues ao Corpo de Bombeiros, o plano de movimentação de carga, a RT do engenheiro mecânico que garante que as estruturas e componentes, tanto o mastro telescópico quanto da super estrutura, estão ok”, disse. 

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Ainda conforme o comandante, a RT garante que o equipamento foi inspecionado por quem, de fato, tem habilitação para inspecionar. “Nós, enquanto órgão do Estado, exigimos que se entregue esse documento”, afirmou Muniz que também ressaltou que a habilitação do responsável pela operação do equipamento foi entregue. 

Perícia

Segundo Margareth Vidal, diretora do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPC) da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), dois peritos trabalham em Manacapuru para atestar laudo sobre o acidente. 

“Tivemos dois momentos da perícia. Um ocorido ontem (domingo) com estudo preliminar no local do fato e uma segunda etapa da perícia começou nesta segunda com dois peritos especialistas em engenharia mecânica”, disse. 

Conforme a diretora, são realizados estudos sobre o equipamento e sobre a estrutura que desabou. 

“O que se sabe é que houve uma deformidade na extremidade do guindaste que segurava a estrutura que caiu. É uma perícia complexa e não há um prazo para conclusão”, enfatizou. 

Há possibilidade de mais peritos do DPC integrarem a equipe de perícia sobre o incidente no Parque do Ingá. 

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Possibilidade de crime 

Ao Portal Norte, na manhã desta segunda (29), a mãe de uma das vítimas do acidente contou que acreditva que o fato poderia ter sido provocado de forma criminosa. 

Ainda não há confirmação sobre a afirmação dela, no entanto, as autoridades de segurança não negaram a possibilidade.

O mesmo guindaste, conforme informações do secretário executivo de Cultura do Estado, Candido Jeremias, foi utilizado na sexta (26), pela agremiação Guerreiros Mura e, no sábado (27), pela Ciranda Tradicional. “Nenhuma (agremiação) viu problemas no equipamento”, destacou. 

Vítimas

Ao todo 23 pessoas ficaram feridas na queda da estrutura da alegoria durante a apresentação da Flor Matizada, no Festival de Cirandas de Manacapuru. 

Das vítimas, 17 foram transferidas para a capital amazonense e outras seis seguem internadas em Manacapuru. 

Duas pessoas tem o quadro de saúde considerado muito grave e as demais seguem estáveis, algumas em Unidades de Terapia Intensia (UTI).  

Conforme a Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM), não houve registro de alta de nenhum dos envolvidos no acidente com a alegoria. 

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