O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (10), discordar da ideia, que vem sendo defendida pelo economista André Lara Resende, de que o Brasil corre risco fiscal é exagerada, entre outras coisas, por ter a dívida pública em reais.

Esse conceito faz parte da Teoria Monetária Moderna (MMT, na sigla em inglês).

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“Nós não temos uma economia dolarizada, uma dívida dolarizada. Essa parte da história é verdadeira. Mas, para mim, um descontrole inflacionário, uma hiperinflação (…) para mim, é uma forma de default”, disse Haddad, em entrevista à CNN Brasil

O ministro disse concordar com a ideia de que um país soberano com reservas cambiais e sem dívida em dólar, como o Brasil, pode ter “um pouco mais de liberdade” na política econômica. Mesmo assim, ponderou que um diagnóstico de que isso implica em não haver restrições à política econômica “não é razoável.”

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Em entrevista dada ao programa Canal Livre, da Band, em fevereiro, Lara Resende contestou a ideia de que um eventual cenário de aumento dos gastos públicos possa provocar uma onda inflacionária no País.

“Estamos saindo de 1,3% de superávit primário no ano passado. Agora, este ano, o autorizado pela PEC (da Transição) é um gasto de mais 2%. A arrecadação vai surpreender positivamente. Se gastarmos o valor integral da PEC, ainda que a arrecadação ficasse onde estava, no mesmo nível, teríamos equilíbrio primário. O Orçamento, a previsão é que você possa ter um déficit primário de 1%. Isso é grave? Claro que não”, afirmou.