O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (13), que o mundo enfrenta uma “policrise” e que os mais ricos precisam pagar “sua justa cota de impostos”. 

A declaração foi feita durante o encontro com ministros e presidentes do Banco Central do G20 em Marrakesh, no Marrocos.

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Haddad defendeu uma reforma nos bancos internacionais, para que promovam a inclusão social e o combate à fome no mundo.

“Existem várias crises em curso, que operam em diferentes níveis, reforçando-se e amplificando-se mutuamente. Desde a crise financeira de 2008, passando pela covid-19, até a guerra na Ucrânia, esperamos ansiosamente por tempos melhores e por grandes soluções globais, que infelizmente continuam a fugir de nossas mãos”, disse.

O Brasil assume a presidência do grupo que reúne as 20 principais economias globais, de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024.

O ministro disse querer reformar instituições financeiras internacionais para que estejam preparadas para aumentar a inclusão social e combater a fome. “Queremos trabalhar para construir bancos multilaterais de desenvolvimento maiores, melhores e mais eficazes”, defende

Além disso, Haddad afirmou que a liderança brasileira terá três pilares: promover a inclusão social e combater a fome no mundo; propor a transição energética e o desenvolvimento sustentável; e avançar na “reforma” das instituições globais.

“Queremos convidar nossos parceiros do G20 a encontrar formas de traduzir essa ousada visão política em iniciativas econômicas concretas, com resultados tangíveis para os nossos povos e para o planeta. Para isso, a presidência brasileira do G20 aproveitará o legado de sucesso da presidência indiana”, completou.

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Governo Lula

Sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro destacou que conseguiu aprovar o marco fiscal e está fazendo uma “grande reforma tributária”, reduzindo o desmatamento, renovando e expandindo programas sociais.