Em Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, na manhã desta terça-feira (17), que trabalhará para aprovação da reforma tributária em 2023.

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Conforme o gestor, a sua pasta quer a aprovação da reforma tributária relativa ao consumo no primeiro semestre e da reforma tributária sobre a renda na segunda parte do ano.

“Para desonerar as camadas mais pobres do imposto e para onerar quem hoje não paga imposto. Muita gente hoje no Brasil não paga imposto. Então, nós precisamos reequilibrar o sistema tributário brasileiro para melhorar a distribuição de renda no Brasil”, disse Haddad.

Melhorar o sistema de garantias do Brasil, com nova agenda de créditos, valorizar o salário mínimo, uma nova agenda regulatória para atrair investimentos para o Brasil e a integração entre países da América Latina foram alguns dos outros planos citados pelo ministro da Fazenda. 

Além de Haddad, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou do painel ‘Brazil: A New Roadmap”, no Fórum Econômico Mundial, na Suíça. 

Haddad e medidas de ajuste fiscal

No último dia 12, o ministro apresentou um pacote de medidas de ajuste fiscal para acabar com o rombo nas contas do governo federal, que passa de R$ 231 bilhões no orçamento de 2023.

Sobre o plano apresentado recenetemente, o ministro afirmou que não é “ambicioso”.

“Não se trata de um plano ambicioso. Nós estamos herdando um problema que foi causado não pela pandemia, mas pela eminente derrota do governo anterior diante das eleições. E pela renúncia de receitas na ordem de 1,5% do PIB que causou um tremendo desequilíbrio nas contas que precisa ser resolvido”, afirmou.

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As propostas envolvem aumento de arrecadação – com retorno dos impostos federais sobre combustíveis – e redução de despesas – programa “Litígio zero” para parcelar, em até 12 meses, dívidas com a União, com descontos para pessoas físicas e jurídicas. 

Para jornalistas no Fórum Econômico Mundial, o ministro afirmou que quer apresentar o arcabouço fiscal até abril.

O arcabouço fiscal será a nova regra para organizar e disciplinar os gastos públicos e vai substituir o teto de gastos. 

Haddad desembarcou em Davos na última segunda (16) e vai embora na quarta (18), dois dias antes do fim do Fórum Econômico Mundial.