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Homem acusado de matar prima de 16 anos para roubar celular é condenado a 21 anos de prisão, em Itacoatiara-AM

Fernando Rodrigo Teixeira foi condenado a 21 anos, 3 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver que tiveram sua prima como vítima. A sentença foi proferida pelo juiz Saulo Góes Pinto, titular da 1.ª Vara da Comarca de Itacoatiara.

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Tais Rodrigues Teixeira, de 16 anos, prima do acusado, foi morta no dia 31 de março de 2020, na Ponta do Mauari, próximo das comunidades de São José Amatari e de Benjamin Constant, 1.121 km de Manaus.

Durante as investigações do inquérito policial, Fernando confessou que atacou a vítima para roubar-lhe o celular e trocar por drogas e bebidas. Mas na fase de instruções processual, ao ser interrogado na audiência, ele negou a autoria do crime.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Fernando abordou Tais, em um momento em que ela estava sozinha, sentada em um banco, usando o telefone celular, em um local chamado de “Mauari”, única área da comunidade com acesso à internet.

Conforme os autos, Fernando chegou por trás da vítima, aplicou nela um golpe conhecido como “mata-leão”, que a fez desmaiar.

 “Ato contínuo, o denunciado subtraiu o aparelho celular da vítima, arrastou-a para o porto, colocou-a em uma canoa e a levou para a ponta das pedras, aonde jogou a vítima no rio, ciente que as correntezas do rio levariam o corpo para longe, impossibilitando, desta forma, que este fosse encontrado no local do fato”, registra trecho da sentença.

Após a adolescente desaparecer, a família iniciou as buscas com ajuda da comunidade. 

Durante a procura, um dos primos descobriu que Fernando havia vendido um aparelho celular na Comunidade de São José do Amatari pelo valor de R$ 100 e conseguiu recuperar o aparelho, que foi reconhecido pelos pais da vítima. 

Quebra de sigilo telefônico do aparelho utilizado pela vítima confirmou o mesmo número de Imei – um código que funciona como “identidade” do equipamento – do celular resgatado, o que resultou na decretação da prisão preventiva do suspeito.

Ao proferir a sentença condenatório, o juiz Saulo Góes afirmou que materialidade e autoria do delito ficaram fartamente demonstradas pelas provas reunidas nos autos. 

“Como se vê claramente, as provas produzidas nos autos são bastante contundentes, firmes e harmônicas com os fatos narrados na denúncia acerca da prática do crime. Dessa forma, não resta nenhuma dúvida sobre a materialidade do fato delituoso e a responsabilidade criminal do réu Fernando Rodrigues Teixeira”, diz trecho da sentença.

“(…) O fato de o corpo da vítima não ter sido encontrado, as provas produzidas quanto à materialidade autorizam concluir que realmente a vítima foi sacrificada, tendo o autor do crime ocultado o corpo após”, afirmou o juiz.

Da sentença ainda cabe apelação.

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