Um levantamento do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural de Roraima (Iater) revelou que, até a primeira semana de julho, a praga da lagarta e do percevejo afetou mais de 54 mil hectares de pastagens.
Esta infestação resultou na morte de mais de 7.300 animais devido à falta de forragem. Os prejuízos estimados chegam a R$ 63 milhões.
O Iater informou que, durante o período, foram realizados mais de 845 diagnósticos preliminares em áreas agropecuárias de pelo menos 10 municípios.
O que agravou o problema
A combinação de uma estiagem prolongada e incêndios florestais já havia reduzido as pastagens. A proliferação de pragas, como a lagarta militar e o percevejo-das-gramíneas, agravou a situação.
O pesquisador da Embrapa Roraima, Daniel Schurt, destacou que outro fator contribuinte para a mortandade dos animais foi o preço baixo da carne do gado.
“O pecuarista ficou esperando que melhorasse, passasse o ano, ou mais uns meses, ele poderia ter um preço melhor. O preço baixo da carne, excesso de animais por hectare, muitos animais por metro quadrado, e isso degradou muito a pastagem. Então se o agricultor soubesse que ele iria perder os animais, era preferível ter vendido esses animais”.
– Daniel Schurt, pesquisador da Embrapa Roraima
Em resposta, o governo de Roraima publicou um decreto emergencial na última quinzena de junho, destinando até R$ 1.750, com um limite de cinco hectares por produtor.
Outras ações incluem o fornecimento de água para consumo humano e animal, apoio técnico para a recuperação de pastagens e renegociação de dívidas dos produtores rurais afetados.
Fonte: Agência Brasil.
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