O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que está afastado por 90 dias do cargo, pretende questionar o afastamento do governo do DF nos próximos 15 dias.

A informação foi confirmada pela defesa do gestor estadual nesta segunda-feira (6).

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Os advogados de Ibaneis destacam que ele tem “mantido a serenidade e respeito à decisão do Supremo, ao tempo que manifesta o mais visceral sentimento de pesar por tudo o que aconteceu”.

Em nota, a defesa destaca que esse afastamento jamais ocorreu na cidade de Brasília. 

“Não é fácil suportar o afastamento do cargo para o qual foi reeleito em primeiro turno, coisa que jamais ocorreu em Brasília”, destacou em nota.

Para os advogados, a investigação já está avançada e eles acreditam que o governador pode voltar ao cargo.

“A investigação já mostrou todas as circunstâncias do que se deu antes, durante e depois dos fatos do dia 8 de janeiro e, consequentemente, que já é de o governador ser reconduzido ao mandato”, afirma a nota.

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Afastamento de Ibaneis

O governador foi afastado do cargo por 90 dias pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro. 

No mesmo dia dos atos antidemocráticos em Brasília, Ibaneis postou um vídeo em suas redes sociais pedindo desculpas às autoridades dos Três Poderes.

“Todos sabem da minha origem democrática […] o que aconteceu hoje na nossa cidade foi inaceitável. […] São verdadeiros vândalos, verdadeiros terroristas”, afirmou no vídeo.

Assista ao vídeo na íntegra:

A vice-governadora, Celina Leão, assumiu o comando do governo do DF e a segurança pública contou com intervenção federal, com o interventor, Ricardo Cappelli.

O interventor foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 8 de janeiro. 

Antecipando a intimação da Polícia Federal (PF), o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, prestou depoimento no dia 13 de janeiro aos agentes federais.

Rocha chegou ao prédio da PF, em Brasília, por volta das 11h da manhã e saiu quase três horas depois.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpriu mandados de busca e apreensão contra o governador afastado no dia 20 de janeiro.