O índice Ibovespa fechou em queda de 2,73%, aos 102.598,18 pontos, nesta segunda-feira, 13. 

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O índice foi prejudicado pela aversão a riscos e com uma queda generalizada nas ações, englobando quase todos os papéis. 

Essa foi a maior queda percentual desde 5 de maio (2,81%) e a menor pontuação desde 10 de janeiro, quando bateu 101.945 pontos.

Dólar

Já o dólar encerrou com alta de 2,46%, a R$ 5,112, com os investidores cautelosos à espera das decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil, ambas na quarta-feira. 

Esse é o maior valor desde 12 de maio (R$ 5,14) e a maior alta percentual diária desde 2 de maio (2,58%).

A expectativa é que o Federal Reserve e o Banco Central elevem suas taxas de juros em 0,5 ponto percentual, mesmo com os dois países em momentos diferentes dos seus ciclos monetários.

Assim, a atenção dos investidores estará nas sinalizações após as reuniões. 

No Brasil 

No caso brasileiro, se o ciclo terminará em 13,25% ao ano, e, no norte-americano, se o ciclo sofrerá uma pausa em setembro ou continuará.

Vale destacar ainda que os rendimentos dos Treasuries de dois anos subiram acima dos custos de empréstimos de 10 anos nesta segunda-feira. 

A chamada inversão de curva, que geralmente prenuncia uma recessão econômica, acontece devido às expectativas de que os juros podem subir mais rápido e mais do que o previsto.

O Banco Central fez também nesta sessão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2022. 

 A operação do BC ajuda a dar liquidez na moeda, mas especialistas consultados pelo CNN Brasil Business apontam que o órgão poderia atuar mais para conter a volatilidade do câmbio.

Na semana anterior, o dólar encerrou em alta semanal de 4,43%, cotado na sexta-feira, 10, a R$ 4,989. Já o Ibovespa caiu 5,06% na semana, encerrando em 105.481,23 pontos.

Estados Unidos

A principal causa para essa aversão é o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, com a elevação mais recente anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. 

A autarquia já chegou a descartar altas de 0,75 ponto percentual nos juros, ou um risco de levar a economia do país a uma recessão, mas sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Ao mesmo tempo, o mercado acompanha os dados sobre a economia do país para entender o quão agressivo o Fed poderá ser no processo.

A confirmação da contração da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre, por exemplo, reforçou a visão de que a autarquia não deveria ser tão agressiva na alta de juros quanto o previsto. Já a inflação de maio sinalizou um quadro mais negativo, reforçando apostas de juros terminais maiores.

China

Com o fim do lockdown na cidade chinesa de Xangai e alívio nas restrições na capital Pequim, a expectativa é que a demanda chinesa retorne aos níveis anteriores. 

O alívio voltou a favorecer exportadores de commodities e uma parte das pressões sobre o real, mas novas restrições foram anunciadas.

Veja os principais destaques do pregão desta segunda-feira:

Maiores altas

Cielo (CIEL3) +1,59%;

Energias (ENBR3) +0,78%;

Klabin (KLBN11) +0,37%;

Suzano (SUZB3) +0,29%;

Taesa (TAEE11) +0,12%

Maiores baixas

Gol (GOLL4) -14,37%;

CVC (CVCB3) -12,04%;

Meliuz (CASH3) -11,76%;

Azul (AZUL4) -10,86%;

Petz (PETZ3) -10,31%

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