A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,3% em janeiro na comparação com dezembro, já descontados os efeitos sazonais.

Os dados apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foram divulgados nesta terça-feira (31).

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A perspectiva de consumo foi o item que mais cresceu na comparação mensal, na ordem de 2,7%, puxado pelas famílias de menor renda.

Conforme a pesquisa da CNC, as famílias de menor renda entraram 2023 com mais disposição para gastar.

O aumento geral da ICF foi puxado pela intenção das famílias com salários mais baixos, subindo 1,9% em relação a dezembro do ano passado e 25,7% na variação anual.

O índice atingiu 91,2 pontos. Mesmo estando ainda na zona de insatisfação (abaixo dos 100 pontos), é o maior índice desde abril de 2020.

“Uma das causas do otimismo é a ampliação do principal programa de transferência de renda do governo, com o pagamento do valor mínimo de R$ 600, além do incremento de R$ 150 por criança”, explica a economista responsável pela ICF, Izis Ferreira.

Na variação anual, a ICF aumentou 23,1% em janeiro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2022.

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Mais dados cobre consumo das famílias

O maior destaque ficou com o índice perspectiva profissional, que teve alta de 25,1% em comparação com janeiro do ano passado.

No recorte por gênero, a ICF apontou que, entre as mulheres, houve avanço de 3,3% em janeiro e 26% na variação anual na intenção de consumo.

Apesar disso, o índice está em 91,4 pontos, ainda no campo de insatisfação.

A taxa em relação aos homens está mais alta, em 96,2 pontos, e a perspectiva de compra aumentou 23,1% no comparativo com janeiro de 2022.