Na última semana, denúncias chocantes de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas menores de idade na Ilha de Marajó, no Pará, voltaram a ganhar destaque.
O estopim foi a música “Evangelho de fariseus”, da cantora Aymeê, apresentada durante a semifinal do programa “Dom reality”, transmitido no YouTube.
Na letra, Aymeê aborda os problemas sociais e ambientais na ilha amazônica, destacando a tragédia de crianças desaparecendo e a Amazônia sofrendo com queimadas.
As redes sociais repercutiram a canção, trazendo à tona as sérias acusações feitas pela cantora.
Reações à denúncia e campanha nas redes sociais
Após a apresentação, Aymeê fez revelações perturbadoras sobre a realidade em Marajó, incluindo tráfico de órgãos e prostituição infantil.
Essas revelações reacenderam o debate sobre denúncias similares feitas desde 2006, inclusive pela ex-ministra dos Direitos Humanos, senadora Damares Alves.
A repercussão levou artistas e influenciadores a lançarem a campanha #justicaporMarajo, exigindo uma resposta efetiva para os crimes denunciados.
Vale ressaltar que, anteriormente, Damares foi criticada e até mesmo alvo de ação civil pública.
Histórico de denúncias e CPI da Pedofilia
Desde 2006, casos de exploração sexual e pedofilia na região são alvo de investigações, com destaque para a criação da CPI da Pedofilia em 2008.
O relatório da CPI sugeria medidas para conter a pedofilia no Pará, incluindo a criação de uma comissão interna especial.
No entanto, as denúncias ganharam destaque novamente com a música de Aymeê, trazendo à tona os questionamentos de Damares Alves, que parabenizou a cantora.
A senadora relembrou ações para enfrentar os problemas em Marajó, mencionando o programa Abrace o Marajó.