A taxa global de impunidade para assassinatos de jornalistas permanece alta, em 86%.

É o que revelou no dia 2 de novembro dados da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

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Dia 2 marca o Dia Internacional para Acabar com a Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.

A Unesco renova seu apelo por todas as medidas necessárias para garantir que os crimes cometidos contra jornalistas sejam devidamente investigados e seus autores identificados e condenados.

Taxa de impunidade para assassinatos de jornalistas

O levantamento da Unesco cobre 2020 e 2021, e revela que a taxa de impunidade para assassinatos de jornalistas caiu apenas 9% nos últimos 10 anos.

A Unesco avalia que o pequeno progresso é insuficiente para frear a tendência de violência e de impunidade para assassinatos de jornalistas.

O chefe da área de Liberdade de Expressão e Segurança de Jornalistas da Unesco, Guilherme Canela, lembrou que a liberdade de expressão é um direito individual e coletivo.

“Quando um jornalista é assassinado, toda a sociedade sofre. Por isso, não fiquemos indiferentes. Sejamos firmes em deixar absolutamente claro que uma imprensa livre, independente, plural, operando em um ambiente seguro, é uma precondição para a consolidação democrática, para a proteção e promoção dos direitos humanos e para o desenvolvimento sustentável”, relatou.

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O levantamento da agência revela que 78% dos crimes aconteceram fora do expediente no período analisado.

A impunidade para assassinatos de jornalistas permanece alta no mundo.

Os jornalistas foram atingidos em casa, em seus veículos ou na rua, mas não em missão específica.

Vários foram mortos na frente de familiares, incluindo seus filhos.

Ao todo, 117 profissionais morreram nos últimos dois anos.

Proteger a liberdade de expressão

Em mensagem sobre a data, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, fez um apelo para que governos e outras partes interessadas redobrem seus esforços para acabar com a impunidade dos crimes contra jornalistas.

Ela destacou que “a liberdade de expressão não pode ser protegida quando há um número tão impressionante de casos não resolvidos”.

A chefe da Unesco afirma que os crimes têm um efeito assustador na reportagem investigativa, um campo do jornalismo que é vital para a saúde de qualquer democracia.