Este ano, os incêndios no Pantanal já superaram em 112% o recorde anterior para o período, registrado em 2020.
Entre janeiro e junho deste ano, as chamas consumiram 541 mil hectares do Pantanal Mato-grossense, área três vezes maior que a cidade de São Paulo.
A partir deste domingo (23), o helicóptero e dois aviões do Governo Federal reforçarão os trabalhos. Segundo o Governo, sete aviões e um helicóptero serão enviados para ajudar os bombeiros na região.
Além disso, 60 integrantes da Força Nacional serão deslocados para dar apoio.
O Governo informou que três helicópteros e um avião do governo de Mato Grosso do Sul já reforçam o combate às queimadas e combatem o fogo. A queimada já está próximo da cidade de Corumbá.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 170 brigadistas do Ibama e do ICMBio já estão no Pantanal e, nos próximos dias, o número aumentará para trezentos.
A ministra Marina Silva disse que, apesar do período de seca no Pantanal ocorrer no segundo semestre, o bioma já enfrenta um aumento dos focos de incêndio.
Marina também ressaltou que o agravamento da situação no Pantanal devido à mudança climática e ao fenômeno El Niño.
“Estamos vivendo uma situação de agravamento dos problemas devido à combinação de El Niño e mudança climática. O Pantanal já enfrenta uma estiagem severa e uma escassez hídrica inédita”, destacou a ministra.
Ajuda internacional
O Ministério do Meio Ambiente não descartou buscar auxílio internacional, por meio do Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da União Europeia (CCRE).
Segundo o secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente, André Lima ,“a instância internacional não está fora do radar”.
Entretanto, destacou que o foco agora é nas forças, tanto no nível estadual quanto no federal.
“Sabemos que normalmente os incêndios acontecem a partir de agosto, mas este ano começaram dois, três meses antes”, reforçou.
Em maio, a Agência Nacional de Águas declarou situação crítica de escassez hídrica na região hidrográfica do Paraguai.
Os valores mensais de 2024 medidos no município de Ladário (MS) foram os menores da série histórica, segundo a Marinha do Brasil.