Durante uma ação da Justiça Itinerante em Borba, no Amazonas, o líder indígena e ex-cacique munduruku, Arnaldo Moreira, de 109 anos, teve a expedição da primeira Certidão de Nascimento, na última segunda-feira (26).

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Já estava anoitecendo quando a equipe do TJAM chegou à casa onde Arnaldo vive com familiares, na aldeia Laranjal, terra indígena munduruku, em Borba.

Os agentes foram fazer a entrega do primeiro registro civil a que o ancião indígena teve acesso na sua jornada de vida centenária.

Segundo o subcoordenador do Núcleo de Justiça Itinerante do TJAM, José Ribamar Martins Carneiro, Arnaldo está lúcido, mas escuta com dificuldade e enxerga pouco.

A equipe contou que ele se comunica com poucas palavras, algumas em português, e completará 110 anos no dia 16 de maio.

As populações atendidas na ação jurídica e social, que será concluída nesta sexta-feira (1º), vivem nas aldeias de Cacoal, no território de Nova Olinda do Norte; e de Laranjal e Kwatá, no território de Borba, abrangendo os povos munduruku e sateré-mawé.

A atividade nas áreas indígenas dos dois municípios atende uma demanda apresentada por lideranças das duas etnias que vivem em Nova Olinda do Norte, durante reunião, na Sede do TJAM, em Manaus.

Primeira e segunda via de certidões de registro civil, registro tardio, restauração e declarações de união estável, entre outros documentos fizeram parte da demanda apresentada pelas lideranças indígenas.