A indústria de motocicletas Yamaha anunciou, nesta terça-feira (17), que será afetada pela seca extrema que atinge o Amazonas e os rios que banham o estado.

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Localizada no Polo Industrial de Manaus (PIM), a empresa afirmou em nota que terá “paradas programadas” na produção devido à restrição temporária de entrada de navios e a disponibilidade de insumos.

Segundo a nota, as pausas serão realizadas até o final de outubro. Não há informações sobre a situação para os próximos meses.

“Seguimos trabalhando para minimizar os efeitos da estiagem, implementando medidas alternativas para viabilizar o atendimento da rede de concessionários e aos nossos consumidores”, declarou.

Já a montadora Honda, que também está dentro do PIM, afirmou que até o momento “não há nenhuma interrupção programada” e que a empresa monitora a situação.

A Samsung, uma das empresas de tecnologia mundialmente conhecida, anunciou a antecipação de férias aos funcionários, mas afirmou que não é consequência da seca.

O superintendente da Zona Franca de Manaus, Bosco Saraiva, alegou que há uma alteração drástica no transporte de cargas por causa da seca, mas que “não há nenhuma paralisação”.

“É evidente que há uma alteração drástica no transporte de cargas, tanto de entrada como de saída, por causa da seca dos rios. No entanto, as empresas têm se valido da alternativa de distribuição das cargas em alguns navios e em várias embarcações, assim como nos casos mais extremos também tem se valido da aviação. No entanto, no momento, não há nenhuma paralisação no Polo Industrial de Manaus”, enfatizou.

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Seca no Amazonas

O Porto de Manaus registrou, nesta terça-feira (17), o nível do Rio Negro em 13,49 metros, menor cota já registrada na história da medição no Amazonas.

Anteriormente, o título estava com a vazante de 2010, que havia registrado 13,63 metros.

De sábado (14) até esta terça, o Rio Negro desceu 42 cm.

Segundo a Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA) da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec), a tendência é de que o volume dos rios continue baixando até o final deste mês.

Já são 50 municípios em situação de emergência, 10 cidades em alerta, nenhum em atenção e 2 em normalidade. 

O Amazonas tem 557 mil pessoas afetadas até o momento pela estiagem severa, ou 138 mil famílias.