O  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do Amazonas (IBGE-AM) divulgou, nesta quarta-feira, 11, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) em uma comparação entre os meses de maio e junho de 2021. 

De acordo com a PIM, na comparação com maio, a indústria amazonense registrou, em junho, um crescimento de 4,4%, número maior do que a média nacional (0,0%), que apresentou estabilidade. 

Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, a retomada do crescimento do setor já era esperada para este primeiro semestre.

“Isso aconteceu por conta da normalização da atividade econômica em todo o Brasil, gerando o crescimento na oferta de empregos, que supera a marca de 122 mil diretos no Estado do Amazonas, e do consumo de produtos”. 

Périco ressalta ainda, que a alta do setor também reflete nas linhas de produção e que o modelo continua sendo um atrativo para os novos investimentos.

“O nosso Estado e a Zona Franca fazem parte do pacote de soluções para o país. E a expectativa de um novo crescimento industrial também é bastante positiva para o segundo semestre”, concluiu. 

Comparativo

Em junho, quando se compara com mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 24,0%, no Amazonas. 

No acumulado do ano, período de janeiro a junho de 2021, a variação foi de 26,6%, no Estado, a segunda maior variação do país. E o desempenho dos últimos doze meses ficou em 16,1%. 

Veja quais foram as atividades da indústria local que tiveram bons resultados em junho de 2021, e contribuíram para o desempenho positivo da indústria amazonense: 

A fabricação de máquinas e equipamentos (76,9%) (artefato de aço e tampas e cápsulas); outros equipamentos de transportes (54,9%) (motocicletas e suas peças); fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (36,3%) (gás natural); fabricação de produtos de borracha (27,7%); fabricação de bebidas (27,2%);  Indústria da transformação (25,3%);  fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (20,4%) (conversores, alarmes, condutores e baterias); fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (8,6%) (celular, computador e maquinas digitais); fabricação de produtos de metal (8,5%) (lâminas, aparelhos de barbear, estruturas de ferro), Indústria extrativa (1,5%) (óleo bruto de petróleo),

Negativo

Em junho de 2021, a única atividade que teve desempenho negativo foi a Impressão e reprodução de gravações (-79,9%) (DVDs e discos).

Nacional

Em nível Brasil, o desempenho da indústria no acumulado do ano está em 12,9% de alta. Já o desempenho dos últimos doze meses, ficou em 6,6%.

Apesar dos avanços na variação acumulada do ano e também na comparação entre junho de 2021 e junho de 2020, em nível nacional, a produção industrial recuou em dez dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de maio para junho. 

As principais quedas foram no Paraná (-5,7%) e no Pará (-5,7%). Também teve grande influência no resultado o recuo em São Paulo (-0,9%). 

Na pré-pandemia 

Com o resultado de junho, cinco locais estão acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020: Minas Gerais (15,5% acima), Amazonas (9,4%), Santa Catarina (6,1%), Rio de Janeiro (4,2%) e São Paulo (3,4%).