A inflação do país, ou seja, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,53% em janeiro, conforme divulgação do IBGE.
Apesar de ser o quarto mês consecutivo em alta, o índice apresentou queda quando comparado ao mês de dezembro (0,62%) de 2022.
Além disso, segundo o IBGE, o índice acumula alta de 5,77% em 12 anos.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
O setor de bebidas e alimentos teve a maior contribuição na alta da inflação (0,13%), seguido do setor de transportes (0,11%).
Os destaques do setor de alimentação ficaram com o aumento nos preços da batata inglesa (14,14%), da cenoura (17,55%), do tomate (3,89%), das frutas (3,69%) e do arroz (3,13%).
Já no setor dos transportes, os combustíveis tiveram alta de 0,68%, puxados pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%).
O único setor que sofreu baixa foi o de vestuário, com variação negativa de 0,27%.
RELACIONADAS
+ Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,48% para 5,74%
+ Inflação para de cair e prévia no IPCA-15 sobe 0,16% em outubro, revela IBGE
+ Em janeiro, confiança do empresário do comércio cai 3,6%, diz CNC
Confira a variação de todos os grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 0,59%
- Habitação: 0,33%
- Artigos de residência: 0,70%
- Vestuário: -0,27%
- Transportes: 0,55%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,16%
- Despesas pessoais: 0,76%
- Educação: 0,36%
- Comunicação: 2,09%
RELACIONADAS
+ Confira desdobramentos do atrito entre Lula e Banco Central
+ Copom: BC mantém Selic em 13,75% na primeira reunião de 2023
+ Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,48% para 5,74%
Inflação X Juros
A inflação acumulada em 12 meses até janeiro continua acima da meta estabelecida pelo Banco Central (BC) em 3,25% neste ano.
A margem de tolerância do BC é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%.
E para conter a inflação, o remédio é amargo e doloroso, aumentar a taxa de juros e o BC vem promovendo um ciclo de altas na taxa Selic ou taxa básica de juros.
Em março de 2021, a taxa saiu de 2% ao ano para 13,75% ao ano em 2022. Na semana passada, o Copom decidiu manter a taxa Selic.
Atrito Lula e BC
O tema “altas taxas” é considerado um assunto delicado e o presidente Lula demonstrou insatisfação em relação à conduta do BC na manutenção da taxa de juros alta.
O presidente, inclusive, já fez duras críticas à gestão de Roberto Campos Neto, presidente do BC.
“É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”, disse Lula.
A busca por frear a alta de preços considera que, quanto maior a inflação, menor o poder de compras das pessoas, já que o salário não acompanha esse ajuste.
