Nesta terça-feira, 12, a 14ª Vara Criminal de São Paulo condenou a influenciadora digital Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, a cinco anos de prisão por tráfico de drogas na cracolândia, no centro de São Paulo.

O pagamento de R$ 50 mil de multa também foi determinado pelo juiz Fernando Augusto Andrade Conceição.

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Lorraine foi presa em 30 de junho do ano passado na rua Helvetia, em Santa Cecília, com dez embalagens unitárias de cocaína, seis de maconha e dez pedras de crack escondidas em suas roupas íntimas, segundo consta no processo.

De acordo com a denúncia, o entorpecente estava embalado de forma unitária e pronto para a venda. Na ocasião, os investigadores apontaram que ela era conhecida na região como Gatinha da Cracolândia.

Segundo a sentença, Lorraine vai cumprir pena em regime domiciliar até se esgotarem os recursos. Ela é mãe de uma menina bebê. A defesa diz que vai recorrer da decisão.

De acordo com o processo, ao ser interrogada em juízo, a influenciadora negou tráfico de drogas. Conforme os autos, ela afirmou que apenas acompanhava o namorado que trabalha na região da cracolândia, quando saiu correndo durante uma operação policial pois nunca havia passado por uma situação como aquela.

Policiais militares que fizeram a prisão disseram que avistaram a influenciadora, que já era conhecida por fotos feitas pela Guarda Civil Metropolitana, no meio do fluxo de usuários de drogas.

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Segundo a PM, Lorraine permaneceu em silêncio na ocasião e tinha drogas escondidas no sutiã e na calcinha.

A policial militar que fez a prisão afirmou à Justiça que dava auxílio à GCM para limpeza da região, com a migração do grupo de pessoas de um local para o outro, “quando notou a ré andando no fluxo livremente, demonstrando certa hierarquia” e que “eles abriam caminho para ela”.

O magistrado afirmou na sentença que a influenciadora não apresentou qualquer testemunha que pudesse confirmar sua versão dos fatos, nem mesmo o ex-namorado. “Seu relato encontra-se isolado no contexto probatório com o qual, aliás, colide frontalmente.”

A advogada Patricia Aparecida Teixeira de Araújo Carvalho afirmou que vai recorrer da condenação e buscar redutores de pena. Segundo ela, o juiz, entre outras coisas, não levou em consideração a quantidade mínima de drogas citadas na ação.

Também vai recorrer da multa de R$ 50 mil aplicada pelo juiz. “Ela não trabalha e não se pode alegar que é de família de empresários, porque a pena é dela”, afirmou a advogada.

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