O processo de investigação do caso da atriz Klara Castanho foi arquivado pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP).

A informação foi confirmada pelo Estadão nesta sexta-feira (6), após seis meses do caso ganhar repercussão nacional.

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Na época, a atriz revelou que uma enfermeira havia ameaçado a divulgação da informação sobre a entrega voluntária à adoção do bebê gestado por ela.

Em nota, o Coren-SP afirmou que “não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes”.

Ainda conforme o documento, “o fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu”.

A nota da entidade também afirma que a atriz foi procurada e não se manifestou.

Nota na íntegra:

Em relação ao caso que envolve a atriz Klara Castanho, sobre possível vazamento de informações sigilosas em hospital no Estado de São Paulo, o Coren-SP esclarece que instaurou sindicância para investigação imediatamente assim que foi noticiado pela mídia, prezando pelos princípios da ética e da segurança na assistência prestada pela enfermagem, para apuração de suposto envolvimento de profissionais da categoria.

O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos, porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou.

O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento.

Destacamos que foram respeitados todos os ritos processuais e que, em todo o processo de investigação que preze pela imparcialidade, são necessárias provas que comprovem as infrações e garantia do amplo direito de defesa. Esses são os princípios que regem a Constituição Brasileira e o Código de Processo Ético dos Profissionais de Enfermagem.

O Coren-SP reitera o seu compromisso com a fiscalização séria do exercício profissional da enfermagem, em defesa irrestrita da ética, contra qualquer tipo de impunidade ou dano à sociedade, pautado, sempre, pelos princípios constitucionais.

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Caso Klara Castanho

Em junho de 2022, a atriz Klara Castanho revelou em uma carta aberta, divulgada nas redes sociais, que gerou um bebê após um estupro.

No relato, a jovem explicou que a gravidez aconteceu após um crime e que ela só descobriu que esperava uma criança no final da gestação.

Após descobrir que estava grávida, a artista escolheu dar o bebê à adoção.

Declaração foi postada no perfil da atriz Klara Castanho em junho de 2022 - Foto: Reprodução/Instagram @klarafgcastanho
Declaração foi postada no perfil da atriz Klara Castanho em junho de 2022 – Foto: Reprodução/Instagram @klarafgcastanho

Seguindo todas as etapas, em processo sigiloso, ela tomou a decisão de entregar a criança para adoção.

“Eu não tinha (e não tenho) condições emocionais de dar para essa criança o amor, o cuidado e tudo o que ela merece ter”, explicou.

No dia do parto, Klara disse ainda que uma enfermeira a questionou. “Imagina se tal colunista descobre essa história?”, destacou na publicação.

Ao chegar no quarto, ela já havia recebido mensagens de um colunista, que teria se comprometido em não divulgar a notícia.

A carta foi publicada após rumores surgirem quando Antonia Fontenelle revelou em uma “live” que uma atriz de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção.