Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) considerando a prévia da inflação oficial do país, registrou deflação de 0,7%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado mostra forte desaceleração em relação ao mês de junho, quando o índice foi de 0,04%.

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Em geral, deflação é a queda média de preços de produtos de serviços, que acontece de forma contínua. Isso é uma “inflação negativa”, ou seja, abaixo de zero.

Esta foi a primeira variação negativa do IPCA-15 em 10 meses, a última variação foi em setembro de 2022, onde o índice caiu 0,37%.

No acumulado de 12 meses até julho, o IPCA-15 ficou em 3,19%, desacelerando em relação aos 3,4% registrados até junho.

A projeção do consenso Refinitiv era a de que o índice ficasse em 3,26%.

Em 2023, o IPCA-15 vem desacelerando mês a mês.

Depois de ter ficado em 0,76% em fevereiro, o indicador desacelerou para 0,69% em março, 0,57% em abril, 0,51% em maio e 0,04% em junho, até chegar à deflação de 0,07% registrada em julho.

Moradia e alimento influenciam IPCA

O resultado do IPCA-15 de julho foi influenciado pelas quedas nos preços de habitação (-0,94%) e alimentação e bebidas (-0,4%).

Também houve recuo em artigos de residência (-0,4%) e comunicação (-0,17%).

De acordo com o IBGE, o principal impacto para o resultado do mês veio da queda nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), com a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho.

Pelo lado das altas, a maior variação (0,63%) foi do segmento de transportes.

Os demais grupos ficaram entre 0,04% (vestuário) e 0,38% (despesas pessoais). A apuração é do Metrópoles.

Em relação aos transportes, a alta da gasolina (2,99%) contribuiu para o resultado de julho.

Entre os demais combustíveis, o gás veicular subiu 0,06%, enquanto óleo diesel e etanol recuaram 3,48% e 0,7%, respectivamente.

Os preços das passagens aéreas subiram 4,7%.

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Variação por grupos:

  • Transportes: 0,63%
  • Despesas pessoais: 0,38%
  • Educação: 0,11%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,07%
  • Vestuário: 0,04%
  • Comunicação: -0,17%
  • Artigos de residência: -0,4%
  • Alimentação e bebidas: -0,4%
  • Habitação: -0,94%