A primeira-dama, Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, pediu recentemente que a Polícia Federal (PF) fizesse uma varredura no gabinete dela, que fica no Palácio do Planalto, com o objetivo de achar possíveis equipamentos de escuta escondidos.

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Os pedidos da primeira-dama costumam ser atendidos imediatamente, então a PF logo deslocou uma equipe para realizar o serviço, de acordo com o colunista Rodrigo Rangel, nada foi encontrado.

O pedido mostra uma desconfiança da esposa do presidente Lula (PT), em relação aos militares das Forças Armadas, que até os últimos dias do governo Bolsonaro tinham acesso amplo, geral e irrestrito a todas as dependências do palácio.

O receio de Janja, chega a ser maior que o de Lula, mas a varredura serviu para verificar, por óbvio, se algum dispositivo de transmissão tinha sido estrategicamente deixado na sala para espionar o que se passa por ali.

A convocação da Polícia Federal para fazer o trabalho é, em si, ilustrativa. Nos governos anteriores, varreduras do tipo no Planalto e em outras dependências da Presidência da República costumavam ser feitas pelos serviços de inteligência militares, especialmente o do Exército.

Da mesma forma que faz questão de que a sua segurança pessoal seja feita por policiais federais, Janja preferiu confiar à PF — e não à turma de farda — a tarefa de caçar eventuais engenhocas de espionagem.

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