O general Mauro Cesar Lorena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, recebeu pelo menos US$ 25 mil em nome de Jair Bolsonaro (PL). A informação consta no relatório produzido pela Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias sauditas. Segundo o documento, Cid repassou o valor, em espécie, para o ex-presidente.
Por ocasião dos fatos investigados, o general estava à frente do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) e Investimentos.
De acordo com a corporação, o uso do dinheiro em espécie se deu “de forma deliberada”. A estratégia serviria para evitar passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal.
“A investigação identificou que Mauro Cesar Lourena Cid pai de Mauro Cid, à época dos fatos, lotado na agência de Apex em Miami, recebeu, em nome e em benefício de Jair Messias Bolsonaro, pelo menos 25 mil dólares, que teriam sido repassados em espécie para o ex-presidente”, afirma o relatório.
Venda de joias pode ter custeado estadia nos EUA
Nesta segunda-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, retirou o sigilo do inquérito sobre as joias.
Dentre as diversas informações que vieram a público, está a possibilidade levantada pela PF de que o dinheiro arrecadado com a venda dos presentes pode ter custeado as despesas do ex-presidente Bolsonaro e sua família nos Estados Unidos.
“Tal fato [a não movimentação de suas contas bancárias] indica a possibilidade de que os proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias desviadas do acervo público brasileiro, que, após os atos de lavagem especificados, retornaram, em espécie, para o patrimônio do ex-presidente, possam ter sido utilizados para custear as despesas em dólar de Jair Bolsonaro e sua família, enquanto permaneceram em solo norte-americano”, diz o relatório.
O ex-presidente foi para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro, antevéspera da posse do presidente eleito Lula (PT). Ele ficou lá por três meses.
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