Nesta quinta-feira (7), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assume interinamente, após a decisão que invalida todas as assembleias que elegeram Rodrigues.

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A votação, que resultou em três votos a zero pela destituição, foi conduzida pelo relator Gabriel Zéfiro e os desembargadores Mauro Martins e Mafalda Luchese.

A anulação das eleições de março de 2022, baseada na ilegalidade do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e a CBF, abre caminho para uma nova eleição em 30 dias.

A controvérsia gira em torno da legitimidade do Ministério Público em interferir nos assuntos internos de uma entidade privada como a CBF.

Caso a Justiça opte pela anulação da eleição de Rodrigues e de seus oito vice-presidentes, um novo cenário político se desenha para a entidade.

No histórico recente, a CBF enfrentou um episódio semelhante em 2021, quando a eleição foi anulada após o afastamento do então presidente eleito, Rogério Caboclo, por denúncias de assédio.

O desfecho da atual situação dependerá do desdobramento jurídico nos próximos dias.

FIFA alerta CBF sobre suspensão

Em meio a essa movimentação na Justiça, que teria entre os articuladores cartolas afastados pela Fifa, na semana passada, a entidade máxima do futebol mundial enviou uma notificação à CBF.

No documento, a entidade alertava que a confederação poderia ser suspensa caso Ednaldo Rodrigues fosse afastado “por influência indevida de terceiros”.

“Gostaríamos de lembrar que de acordo com o art. 14 par. 1 i) e art. 19 dos Estatutos da Fifa, as associações membros da FIFA são obrigadas a gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros. Qualquer violação destas obrigações pode levar a potenciais sanções, conforme previsto nos Estatutos da Fifa”, dizia trecho do documento.

Nesta quinta (7), a Fifa e a Conmebol reiteraram o alerta, em resposta a consultas realizadas pelo secretário-geral da CBF, Alcino Reis.

Caso a suspensão seja levada adiante, uma das primeiras consequências práticas pode ser a exclusão do Fluminense do Mundial de Clubes, marcado para este mês na Arábia Saudita.

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