Juliano Cazarré defendeu, nos últimos dias, o projeto de lei que torna mais severa as penas contra casos aborto no Brasil. Após a manifestação do ator, uma séria de críticas surgiram nas redes sociais, destacando aspectos de sua vida pessoal.

Nas publicações, cibernautas relembram a postura “conservadora” do artista. Dentre os casos, ressaltam uma entrevista com a esposa de Cazarré, onde revela que é encarregada de todos os cuidados com os seus 6 filhos.

Durante seu posicionamento, o artista inicia dizendo o seguinte: “Todo aborto é o assassinato de um inocente”. Em seguida, comenta sobre casos de estupro: “O assassinato da criança não apaga o crime [de estupro], nem com que o trauma vá embora”.

Juliano Cazarré comenta sobre o PL proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL/RJ). O projeto visa modificar as regras constitucionais sobre os casos legais de aborto, como em situações de risco ou em gestações resultantes de estupro.

Como alternativa, o ator sugeriu que mulheres deem seus filhos para adoção, argumentando que após 22 semanas, o feto tem viabilidade fora do útero. Seu posicionamento gerou controvérsia, uma vez que internautas relembraram que o ator tem 6 filhos e nenhum destes é fruto de adoção.

O que diz a PL 1904, apoiada por Cazarré?

O PL 1904 iguala o crime de aborto ao de homicídio simples e propõe alterações no Código Penal. Para gestantes que provocarem o aborto em si mesmas ou consentirem que outra pessoa o provoque em fetos com mais de 22 semanas, a pena passaria de 1 a 3 anos para 6 a 20 anos de prisão.

Se o aborto for provocado por terceiros, com ou sem o consentimento da gestante, a pena para o responsável aumentaria de 1 a 4 anos para 6 a 20 anos de prisão. A proposta também restringe a possibilidade de aborto em casos de gestação resultante de estupro, limitando-o até a 22ª semana de gestação.

Quais deputados assinaram projeto?

O Projeto de Lei (PL) do aborto tem como principal proponente o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Além dele, outros 31 deputados assinaram a proposta.

A maioria é do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro; confira nomes aqui.