O Juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni da 2° Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou o ex-governador José Roberto Arruda a pagar uma multa de R$ 10 milhões por improbidade administrativa.

A sentença faz parte da Operação Caixa de Pandora, que prendeu Arruda e mostrou o maior esquema de corrupção da capital federal.

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Arruda e outras seis pessoas foram condenadas por pagamento de propina de ao menos R$ 1,5 milhão, em 2009, ligado ao contrato de informática da Secretaria de Educação do DF com a empresa Info Educacional.

Eles ainda podem recorrer da sentença.

Por reparação de dano, Roberto foi condenado por Carnacchioni a pagar R$ 1,5 milhão corrigido pela inflação e com mais juros de 1% ao mês, solidariamente com os demais réus.

Caso os valores fossem corrigidos, os sete condenados deveriam pagar R$ 9 milhões, cada um R$ 1,2 milhão.

O juiz ainda suspendeu os direitos políticos de Arruda por 12 anos.

Essa sanção já havia sido dada ao ex-governador em outro processo que faz parte da Caixa de Pandora, por isso não concorreu nas eleições de 2022.

O ex-governador também está proibido de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais, ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de 10 anos.

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Condenados junto a Arruda

Durval Barbosa, que foi secretário de Relações Institucionais durante o governo Arruda foi condenado a pagar a multa solidária entre os réus para reparar os danos provocados pelo esquema ilícito.

Ele se tornou delator da operação.

Também foram condenados:

  • Ex-chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel;
  • Ex-subsecretário de Educação Básica Adailton Barreto Rodrigues;
  • A Info Educacional;
  • O proprietário da Info, Alexandre Tavares de Assis; e
  • a servidora da Secretaria de Educação Mayasa Kondo.