Depois da polêmica envolvendo a exposição “O Grito”, na Caixa Cultural, em Brasília, a presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, deputada Bia Kicis (PL-DF) apresentou requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad cobrando explicações.

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A parlamentar justificou que o evento expõe, entre as “obras de arte”, a Bandeira do Brasil com a figura da maconha no lugar dos dizeres “Ordem e Progresso’, evidenciando desrespeito ao maior símbolo e um país, a bandeira nacional. Além disso, a mesma “obra” faz apologia às drogas, conduta tipificada no Código Penal.

“Como o evento é financiado pelo governo federal, necessário que seja convocado o Ministro da Fazenda para explicar o motivo do patrocínio de um evento que faz apologia às drogas, que desrespeita a bandeira nacional e que ataca políticos como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e a senadora da República Damares (Republicanos-DF)”, destacou.

A exposição

A exposição teve início no dia 17 de outubro e iria até 17 de dezembro deste ano, com o objetivo de refletir sobre os 200 anos de Independência do Brasil, com obras de sete artistas diferentes.

Em uma das obras, Damares, Guedes e o presidente da Câmara, Arthur Lira, são representados dentro de uma lata de lixo, envolvida com as cores da bandeira nacional.

Já na obra “Bandeiras” da artista Marília Scarabello, que coleciona imagens de bandeiras do Brasil manipuladas desde 2016, aparece o ex-presidente Jair Bolsonaro defecando na bandeira, ele está agachado e com o celular na mão.

O que diz a CAIXA

A CAIXA informa que a exposição “O grito!” foi selecionada no âmbito do Programa de Ocupação dos espaços da CAIXA Cultural 2023/2024, modelo de seleção pública para projetos culturais que são patrocinados para ocupação dos espaços do banco.

A obra “Bandeiras” compõe a exposição e apresenta uma coleção de imagens do público em geral recebidas pela artista Marília Scarabello, desde 2016, com releituras da bandeira brasileira que retratam os mais diversos imaginários acerca do Brasil, com variadas manifestações de pensamento.

Considerando que foi identificada na obra em questão manifestação com viés político, o que fere as diretrizes do programa, a Caixa decidiu suspender a referida exposição. A direção do banco informa ainda que determinou apuração de responsabilidade pelos órgãos internos.

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