O governador do Amazonas, Wilson Lima (União-AM), mostrou preocupação nesta quarta-feira (24) em relação a exploração de petróleo próximo a foz do Rio Amazonas.
Para Lima, a exploração deve ser avaliada na questão ambiental e social.
“É algo que a gente precisa encontrar um caminho de proteção ambiental e também de desenvolvimento econômico. Agora, os estados da Amazônia não podem ser penalizados a miséria e a pobreza de suas populações”, destacou.
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A declaração do governador foi dada no Fórum de Governadores em Brasília.
Para gestor do Amazonas, o Estado não pode ser penalizado por um discurso ideológico e equivocado sobre a questão da proteção ambiental.
“É possível a gente encontrar esse caminho de conciliação, agora é preciso que o Brasil entenda que o povo que mora na Amazônia é tão brasileiro, quanto o povo que mora em São Paulo, quanto o povo que mora no Rio de Janeiro”.
Demarcação de terras indígenas no AM
“A gente não tem nenhum problema com relação a demarcação da terra indígena”, disse o governador.
Mas para ele, várias decisões foram tomadas em anos anterior “que aconteceu a demarcação de terra indígena sem ter um indígena se quer na região. Sem um cidadão da região ter sido consultado”, declarou.
O governador afirmou que esse tipo de situação não pode acontecer, pois prejudica o estado e usou como exemplo a operação de exploração de gás na bacia do rio Amazonas, que teve as licenças ambientais caçadas pela Justiça Federal, na última sexta-feira (19).
“Porque uma ONG alegou que está em terra indígena. Não tem um pedaço se quer de terra indígena lá. E aí alguém embarca nessa história por uma questão, sei lá, ideológica ou por falta de conhecimento da Amazônia e inviabiliza um empreendimento que abastece a térmica lá de Boa Vista”, afirmou Lima.
Sem essa licença o governado destaca que o estado corre o isco de ficar com o hospital parado, sem energia elétrica, empreendimentos comerciais e outras atividades.
“Então, essas questões precisam ser levadas em consideração. E eu sou totalmente a favor da demarcação da terra indígena, mas agora, é preciso que a gente avance na questão da regularização fundiária para definir de quem é a terra, o que que é terra indígena, o que que é área de proteção ambiental, o que que é privado, o que é do governo estadual, o que é do município”.
Para o governador Wilson Lima, isso causa uma grande confusão em toda a Amazônia e isso impede o desenvolvimento, causa conflitos e problemas para toda a população.
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Arcabouço Fiscal
“Isso é importante para que a gente possa encontrar esse equilíbrio na federação, o equilíbrio no Brasil e o equilíbrio também nos estados”, disse sobre o novo marco fiscal.
Para o governador do Amazonas, o projeto é importante para todo o Brasil.
“E o que tava se aprovando não é uma matéria que é importante ou que é interessante para o governo, é uma matéria que é importante para o Brasil como um todo e pode ter certeza que esse tipo de ação, esse tipo de matéria terá sempre o meu apoio”, finalizou.
O texto-base do novo arcabouço fiscal para as contas da União a fim de substituir o atual teto de gastos foi aprovado nesta terça-feira (23) pela Câmara dos Deputados.
A proposta foi aprovada por 372 votos a 108, na forma do parecer do relator, deputado Claudio Cajado (PP-BA).