O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, defendeu nesta quarta-feira, 27, os deputados listados no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Lira afirmou que acha “inaceitável” deputados estarem entre os pedidos de indiciamento aprovados.

“É inaceitável a proposta de indiciamento dos deputados desta casa no relatório daquela comissão instituída com a finalidade de apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia”, disse ele.

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O presidente da Câmara afirmou também que “não faz juízo de valor” sobre o que os senadores discutiram e votaram na CPI, mas disse que a comissão “não pode tudo”.

O documento final aprovado pela comissão recomenda o indiciamento de 78 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e os filhos com cargo público, e duas empresas. Destes, seis são deputados federais.

Por causa dessa defesa, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL) se posicionaram contra a opinião de Lira e o criticaram.

“Ele (o parlamentar) representa uma população no Congresso Nacional. Ele tem que ter responsabilidade […] Se há o entendimento de que há excesso, problema de quem acha que há excesso. Eu acho pouco”, afirmou Aziz.

“É inacreditável o que ele falou, até porque não tínhamos como deixar de sugerir o indiciamento dos parlamentares, uma vez que há provas sobejas da conduta deles”, disse Renan.

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