A lista de convidados para participar da cerimônia de coroação do rei Charles III, neste sábado (6), em Londres, reúne integrantes da realeza, autoridades políticas e líderes mundiais.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Além da presença de rostos que marcaram polêmicas na história da realeza. Cerca de 2.300 pessoas foram convidadas para a solenidade que não acontece há 70 anos.

Entre os que receberam o convite – um cartão pintado à mão por um artista heráldico, reproduzido e impresso em papel reciclado com detalhes em folha de ouro – estão:

  • o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, da Grã-Bretanha;
  • a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden;
  • aristocratas europeus;ganhadores do Prêmio Nobel;
  • atores e atrizes e músicos famosos como Lionel Richie e Nick Cave.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também participam da coroação.

A lista de convidados marca os esforços de Charles III em mostrar um Reino Unido moderno e multicultural, assim como manter a própria identidade da monarquia como uma dinastia tradicional e anacrônica.

Realeza de todo o mundo

A coroação de Charles terá apenas um quarto da audiência de coroação de sua mãe, a rainha Elizabeth II.

Ao contrário das cerimônias anteriores, quando era incomum a presença de monarcas estrangeiros, diversos líderes mundiais confirmaram presença neste fim de semana.

O príncipe Albert de Mônaco disse em entrevista à revista People que ele e sua esposa, Charlene, estariam presentes.

Ele também disse esperar que a cerimônia seja “muito comovente”.

O príncipe herdeiro Frederik da Dinamarca e sua esposa, a princesa Mary, confirmaram presença, assim como membros das famílias reais da Bélgica, Noruega e Suécia.

Representantes da glamourosa mas deposta família real da Grécia também estarão lá.

O rei Felipe VI da Espanha, que ascendeu ao trono em 2014 após a abdicação de seu pai, estará presente, segundo a mídia espanhola.

Emanuele Filiberto de Savoy, neto do último rei da Itália disse à agência de notícias italiana Adnkronos no ano passado que compareceria, mas não estava imediatamente disponível.

O príncipe herdeiro Fumihito do Japão e a princesa herdeira Kiko, em nome do imperador Naruhito e da imperatriz Masako, comparecerão, de acordo com a mídia japonesa.

A realeza Maori da Nova Zelândia está na lista, assim como reis e rainhas da Tailândia, Butão e Tonga, de acordo com reportagens locais.

O sultão de Brunei, um monarca absoluto que impõe uma interpretação linha-dura do Islã, também estará entre os convidados.

Rei Carlos III, da Grã-Bretanha, é coroado durante a cerimônia de coroação dentro da Abadia de Westminster, no centro de Londres, neste sábado, 6 de maio de 2023 - Foto: Jonathan Brady/Associated Press/Estadão Conteúdo
Foto: Jonathan Brady/Associated Press/Estadão Conteúdo

RELACIONADAS

+ Rei Charles III: veja cantores que negaram convite para pós-coroação

+ Rei Charles III é coroado em cerimônia no Reino Unido

Legisladores e líderes mundiais

Vários membros do governo do Reino Unido estarão presentes, assim como cerca de 100 chefes de estado de todo o mundo, de acordo com o Palácio de Buckingham.

Em um momento em que os laços com as nações do Reino Unido, Escócia e Irlanda do Norte estão tensos, os convites também causaram reação.

Humza Yousaf, o recém-nomeado primeiro-ministro da Escócia, que defende a independência dos escoceses e que declarou o desejo de substituir a monarquia por um chefe de estado eleito, provocou críticas quando confirmou sua intenção de comparecer.

Ele também foi denunciado por escoltar a pedra do destino, uma laje de arenito vermelho de 330 libras que durante séculos foi usada na coroação de reis escoceses, pois foi retirada do Castelo de Edimburgo para ser transportada para a Abadia de Westminster para a cerimônia deste sábado.

Na Irlanda do Norte, Michelle O’Neill, que é vice-presidente do Sinn Fein, o maior partido da região que quer deixar o Reino Unido e se unir à República da Irlanda, disse em sua conta no Twitter que aceitou o convite para participar em reconhecimento ao fato de que “há muitas pessoas em nossa ilha para quem a coroação é uma ocasião extremamente importante.”

Embora a mudança refletisse a melhoria das relações entre o Palácio de Buckingham e o movimento nacionalista irlandês na região, pesquisas recentes apontaram que nenhum dos membros de seu partido apoiavam a monarquia.

O primeiro-ministro Anthony Albanese, da Austrália, e seu colega canadense, Justin Trudeau, estarão lá, de acordo com relatos da mídia.

Representando a China na ocasião, estará Han Zheng, o vice-presidente chinês, que foi denunciado no Reino Unidos por seu papel proeminente na repressão antidemocrática de 2019 em Hong Kong, uma ex-colônia britânica.

“Ter este homem aqui com seu papel é ultrajante”, disse Iain Duncan Smith, ex-líder do Partido Conservador, ao jornal Telegraph.

O presidente Ferdinand R. Marcos Jr. das Filipinas, filho do ditador Ferdinand E. Marcos, também confirmou que planejava comparecer.

Realeza britânica

O príncipe William, herdeiro do trono, estará presente com sua esposa, Catherine, princesa de Gales, e seus filhos, além de marquês, duques, baronesas, senhores e condes.

O irmão de Charles, Andrew, que no ano passado foi forçado a renunciar aos deveres reais por causa de seu acordo legal multimilionário com uma mulher que o acusou de estuprá-la quando ela era adolescente e sua associação com Jeffrey Epstein, o financista e predador sexual, também estará presente, segundo reportagens da mídia britânica.

Andrew não deve aparecer na varanda do Palácio de Buckingham após a cerimônia.