O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de uma entrevista coletiva para falar sobre a segurança pública, nesta quarta-feira (1°), no Palácio do Planalto.  

Lula anunciou a operação integrada de combate ao crime organizado e assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para os portos do Rio de Janeiro, Santos e Itajaí e dos Aeroportos do Galeão e de Guarulhos.

Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

“A situação chegou a uma situação muito grave, a violência que nós temos assistido ela tem se agravado a cada dia que passa e nós então resolvemos tomar uma decisão fazendo com que o governo federal participe ativamente com todo o potencial que ele tem, para que a gente possa ajudar os governos dos estados e ajudar o próprio Brasil a se livrar do crime organizado, da quadrilha, do tráfico de drogas e do tráfico de armas.” disse o presidente.

O presidente ainda afirmou que a GLO vale por 6 meses, ou seja, até maio de 2024, e caso seja necessário aplicar em outros portos e aeroportos a medida deve ser reforçada. Nos últimos dias, o presidente Lula havia falado que enquanto fosse presidente não usaria a GLO.  

Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, o Rio de Janeiro tem características singulares, domínio territorial de facções, para ajudar o estado “nós temos dois eixos de trabalho escolhidos como prioritário no Ministério da Justiça, o primeiro: inteligência financeira, tirar dinheiro do crime organizado”, “o segundo eixo é exatamente o que o presidente da república enfocou em sua decisão de hoje, o eixo logístico nós temos pontos de abastecimento de trânsito de tráfico de trânsito de drogas e armas em torno do Rio de Janeiro e no Rio de Janeiro”.  

De acordo com o ministro, a GLO que Lula se referiu na última semana era sobre a medida nas ruas, bairros, comunidades, bairros e que não está ocorrendo, a GLO aplicada incide sobre áreas federais.

Nas faixas de fronteira com ênfase territorial, as operações conjuntas Aeronáutica, Marinha, Exército com a Polícia Federal e Rodoviária Federal, no Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso que são estados com ligação logística com grandes facções do eixo Rio- São Paulo.  

Dino ainda destacou um terceiro eixo de atuação, o marco territorial nos acessos aos Portos que deve ter atuação da Polícia Federal com a Marinha.  

O ministro Rui Costa, destacou os investimentos em tecnologia que devem ser alocados na operação, as Forças de segurança devem atuar “com o que de melhor existir de tecnologia disponível para essa atividade, isso é prioridade absoluta”.  

Segundo o ministro, deve ser apresentado um plano de investimento para que equipamentos, softwares, tecnologia de ponta existente no mundo seja alocada e auxiliar a operação das forças de segurança.  

“Tudo o que existir, que possibilitar, um rastreamento um monitoramento da movimentação de cargas nos portos e aeroportos, o que de melhor e mais avançado tiver (…) tudo que tiver de ponta seja utilizado na operação determinada, com força para cumprir o papel que cabe ao governo federal que é combater de forma determinada o tráfico de armas de drogas e o fluxo financeiro ilegal de recursos por parte dos criminosos.”  

Participaram da coletiva no Salão leste do Palácio do Planalto os ministros da Defesa, José Múcio, da Justiça, Flávio Dino, Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Casa Civil Rui Costa os comandantes da Marinha, Almirante Marcos Olsen, do Exército, General Tomás Paiva, e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.  

RELACIONADAS

+ Lula assina decreto que aumenta imposto sobre armas e munições