O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está considerando indicar uma mulher para ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a indicação do advogado Cristiano Zanin, em junho deste ano, para ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, o petista foi pressionado publicamente por movimentos sociais.
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Agora, Lula começa a receber informações sobre possíveis candidatas ao cargo, pois a ministra Rosa Weber se aposenta em outubro.
Com a ausência dela, apenas Cármen Lúcia, integrará a Corte.
Ela foi indicada por Lula em 2006, quando ele exercia seu primeiro mandato de presidente.
O maior problema do presidente continua, que ele não quer indicar para o STF uma pessoa em quem não deposite confiança irrestrita e com quem tenha uma proximidade razoável.
Assim como Jair Bolsonaro (PL) afirmava que indicaria ao Supremo alguém que tomasse cerveja ou tubaína com ele, referindo-se a uma proximidade mínima, interlocutores de Lula dizem que o petista não quer indicar alguém para quem não possa ao menos telefonar, se necessário.
Há juízas, desembargadoras, ministras de cortes superiores e advogadas com histórico considerado progressista e que teriam apoio de setores da esquerda para o cargo.
É sobre elas que o petista está recebendo informações.
Na lista estão, entre outras, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa, a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Simone Schreiber, e as advogadas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal.
Críticas à Lula
A própria presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, criticou a falta de mulheres no Judiciário, quando o presidente Lula indicou Zanin para ocupar o cargo.
A opinião foi dada no dia 1º de junho, dia em que o nome do advogado Cristiano Zanin foi indicado pelo petista.
“No Brasil temos muitas mulheres na base da magistratura, e isso decresce nos tribunais intermediários. Na cúpula, como o STF, por exemplo, e nos tribunais superiores o número de mulheres é ínfimo”, destacou.
A declaração da magistrada ocorreu durante audiência com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que fez uma visita oficial ao STF na época.
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Mulheres no STF
Atualmente no Brasil, apenas duas ministras ocupam o cargo no STF.
Ao todo, o supremo tem 10 cadeiras para serem ocupadas por ministros.
Além de Rosa Weber, apenas Cármen Lúcia e Ellen Gracie, já aposentada, foram nomeadas à Corte.
A presidente do STF é a primeira juíza de carreira a assumir a chefia do tribunal.