Em um evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suíça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (13) que a “mão invisível do mercado” agrava a desigualdade.
“A mão invisível do mercado só agrava a desigualdade. O crescimento da produtividade não tem sido acompanhado pelo aumento de salários, gerando insatisfação”, acrescentou.
Nesta quarta-feira (12), Lula também mencionou o assunto em outra declaração, no Rio de Janeiro, quando argumentou que o mercado financeiro era “uma entidade abstrata, apartada da política e da sociedade”.
Desigualdade
Em seu discurso, Lula criticou a concentração de riqueza e reforçou a proposta de taxação dos super-ricos. O presidente também contrastou a leve diminuição do desemprego no mundo com o crescimento do trabalho informal.
“O número de pessoas em empregos informais saltou de aproximadamente 1,7 bilhão, em 2005, para 2 bilhões neste ano. A renda do trabalho segue em queda para os menos escolarizados. As novas gerações não encontram espaço no mercado. Muitos não estudam, nem trabalham e há elevado desalento. Quase 215 milhões, mais do que a população do Brasil, vivem em extrema pobreza, mesmo estando empregados. As desigualdades de gênero, raça, orientação sexual e origem geográfica são agravantes desse cenário”, destacou.
Íntegra do discurso
Leia a íntegra do discurso de Lula, proferido nesta quinta-feira (13), em Genebra