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1ª reunião ministerial: Lula diz que ‘quem errar sai’ e pede união nos objetivos com o país

Reunião ministerial: Lula pede unidade no pensamento de reconstruir o país - Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Reunião ministerial: Lula pede unidade no pensamento de reconstruir o país - Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou a primeira reunião ministerial do seu governo, nesta sexta-feira (6), com um discurso de cerca de 25 minutos, no Palácio do Planalto.

“Esse país vai voltar a viver democracia”, afirmou. Lula destacou também que a tarefa é árdua, mas é nobre e que o seu governo precisa entregar um país melhor.

O presidente ressaltou como será a linha de trabalho durante o seu mandato e pediu para que os ministros componham o governo até o dia 24 de janeiro.

Lula disse que quer honestidade com o povo brasileiro e que se algum ministro fizer algo errado, será convidado a se retirar do governo.

“Quem fizer errado, a pessoa será convidada a deixar o governo, e se cometer algo grave, a pessoa vai se colocar diante das investigações e da própria política”, ressaltou.

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Após divergências entre os ministros, durante a primeira semana de governo, Lula destacou a diversidade de pessoas na sua gestão, mas pediu um esforço para o alinhamento de ideias para o desenvolvimento do país.

“Não somos um governo de um pensamento único, de uma filosofia única, de apenas pessoas iguais. Somos um governo de pessoas diferentes, e o que é importante é que a gente pensando diferente, a gente faça um esforço para que na construção do processo de reconstrução desse país a gente pense igual, a gente reconstrua igual”, disse.

Relação com o Congresso

Lula ressaltou que a escolha de alguns ministros foi política e estratégica para conseguir o apoio do Congresso.

“Muitos vocês são resultados de acordos políticos, porque não adianta a gente ter um governo tecnicamente mais formado em Harvard possível e não ter um voto na Câmara e não ter um voto no Senado”, afirmou.

Paciência e educação para com os senadores e deputados foi uma das exigências levantadas pelo presidente para o trabalho dos ministros. Lula quer uma relação harmônica entre os ministros e os parlamentares.

“É o Congresso que nos ajuda, não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso, cada ministro deve ter a paciência de atender bem cada deputado ou senador.

Nós que precisamos manter uma boa relação com o Congresso Nacional”, disse.

Além disso, o presidente afirmou que fará “a mais importante relação com o Congresso Nacional” que já fez.

“Quero dizer aos líderes. Jaques Wagner, Guimarães e Randolfe que vocês vão ter um presidente disposto a fazer tantas quantas conversas forem necessárias com as lideranças, os partidos, com o presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o presidente Arthur Lira. Não tem veto ideológico ou assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro”, ressaltou.

Ministérios

Lula falou de forma breve sobre alguns ministérios. O presidente afirmou que vai marcar viagens, na próxima semana, com o ministro da Educação, Camilo Santana, para visitar obras de escolas que estão paralisadas no país.

“Temos que exportar conhecimento, inteligência”, destacou.

Para Margareth Menezes, Lula pediu que a ministra da Cultura se prepare.

“Vamos ter que fazer uma revolução cultural nesse país, esse povo precisa de cultura. […] Tá faltando escola, saúde, lazer, esporte, tá faltando quase tudo”, disse.

O presidente falou que vai dar apoio aos ministros para que desempenhem seu trabalho de forma respeitosa, mas cobrando um bom trabalho.

“Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada. Terão em mim, se possível um irmão mais velho, um pai, tratarei vocês como a mãe trata os filhos, com muito respeito e educação, exigindo muita dedicação e trabalho”, finalizou.

O vice-presidente e o ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), também discursou e ressaltou o tamanho da responsabilidade.

“Gratidão a gente retribui com trabalho. Nossa responsabilidade é enorme frente ao presidente […] e ao povo brasileiro que deu uma aula nesse processo democrático”, disse.

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