O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo brasileiro deve articular junto ao Brics e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para socorrer a Argentina, em grave crise econômica.
O Brics é o bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O anúncio foi feito na última terça-feira (2), após encontro com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no Palácio da Alvorada.
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Além disso, o petista também disse que o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos Brics, deve analisar alterar seu regulamento interno para que países de fora do bloco possam receber ajuda financeira dos titulares do grupo.
Para isso, Lula informou que já conversou com a presidente do NBD, Dilma Rousseff, para verificar a possibilidade de mudança de regulamento para o grupo ajudar a Argentina.
“Nem queremos que eles emprestem dinheiro, mas que nos deem garantias, o que facilitaria a relação Brasil-Argentina”, falou.
Em relação ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Lula afirmou que é preciso que “tire a faca do pescoço da Argentina”.
A articulação será coordenada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou da reunião na Alvorada.
“O FMI sabe como a Argentina se endividou, sabe para quem emprestou o dinheiro. Portanto, não pode ficar pressionando um país que só quer crescer, gerar empregos e melhorar a vida do povo”, ressaltou Lula.
Maiores parceiros comerciais do Brasil na América do Sul, os argentinos enfrentam uma nova crise na economia, com inflação a 104% ao ano.
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Linha de Crédito
Durante encontro entre os presidentes do Brasil e da Argentina, a principal oferta foi a proposta da criação de uma espécie de linha de crédito para que a Argentina compre produtos brasileiros.
A concessão de créditos é destinada a empresas brasileiras que vendem para a Argentina e que importam serviços e mercadorias do Brasil.
Segundo Lula, os empresários brasileiros também vão discutir com o Congresso o que pode ser feito nesse processo.
“Não estamos fazendo discussão para ajudar a Argentina, mas para ajudar os empresários brasileiros que exportam para o país. Vamos ver o que podemos fazer para que nossos exportadores continuem exportando, gerando empregos, e mantendo o comércio entre os países”, finalizou.
