Nos primeiros cinco meses de governo o presidente Lula (PT) fez menos pronunciamentos em rede nacional de rádio e televisão do que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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De janeiro a maio deste ano, o atual chefe do Executivo brasileiro foi à TV em apenas uma ocasião, enquanto Bolsonaro, no mesmo período, fez três declarações ao país.

Porém, tanto Lula quanto Bolsonaro fizeram três convocações.

A diferença, no entanto, está em quem ficou com o protagonismo do pronunciamento.

No caso de Lula, duas ministras também se pronunciaram no respectivo período.

Pronunciamentos Lula

Os pronunciamentos do governo do presidente Lula focaram em momentos específicos e trouxeram comparações com o anterior. 

O primeiro, feito na véspera do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, trouxe a ministra Cida Gonçalves exaltando a quantidade de mulheres no alto escalão do Executivo.

No mês seguinte, Lula fez seu primeiro pronunciamento à nação na comemoração do dia do trabalho em 1º de maio.

Lula relembrou acontecimentos de seus dois primeiros mandatos e também apontou supostas falhas de Bolsonaro à frente da máquina pública.

Lula ainda falou sobre da valorização do salário mínimo e da ampliação da isenção do Imposto de Renda.

O terceiro pronunciamento aconteceu no dia 7 de maio e foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter anunciado o fim da pandemia da Covid-19 no dia 5 de maio.

No pronunciamento, a ministra falou aos brasileiros sobre o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii) e alertou sobre o contínuo cuidado com a doença que matou mais de 700 mil pessoas, além de incentivar a vacinação.

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Pronunciamentos Bolsonaro

O primeiro pronunciamento em rede nacional de Bolsonaro foi no dia 20 de fevereiro de 2019. Na ocasião, ele usou o espaço para dizer que planejava “mudar o rumo do país”, anunciando que havia enviado ao Congresso Nacional o Pacote Anticrime – que não passou pelo parlamento.

O segundo pronunciamento aconteceu no dia 24 de abril de 2019. Na ocasião, Bolsonaro defendeu a aprovação da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

O terceiro pronunciamento aconteceu no dia 1º de maio de 2019, em comemoração ao dia do trabalho. Bolsonaro voltou a enaltecer medidas do Ministério da Economia.

Um dia antes, foi aprovada a Medida Provisória que tratava da Declaração dos Direitos de Liberadade Econômica, que celebrava uma pauta que Bolsonaro pregava desde a campanha: o livre mercado.

Ele também falou sobre as dificuldades de início de governo, sobretudo para aprovar projetos econômicos.